Aprosoja/MS e Corteva Agriscience dão início a parceria para elevar produtividade de soja e milho em Mato Grosso do Sul

De acordo com dados do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, as últimas safras de soja e milho em Mato Grosso do Sul foram marcadas por períodos de estresse hídrico que afetaram diretamente a produtividade. A irregularidade das chuvas e o aumento das temperaturas em fases críticas das culturas reforçam um dos maiores desafios enfrentados pelo produtor rural: produzir mais em condições climáticas cada vez mais instáveis.
Diante desse cenário, a tecnologia tem se consolidado como a principal ferramenta para reduzir perdas e garantir sustentabilidade no campo.
Uma iniciativa que une ciência, tecnologia e representatividade do setor produtivo promete transformar o futuro da agricultura de Mato Grosso do Sul. A Aprosoja/MS e a Corteva Agriscience, em cooperação com fundações MS e Chapadão, darão início a um projeto para incremento da produção de soja e milho em Mato Grosso do Sul.
As definições das estratégias de execução da parceria foram alinhadas durante encontro realizado na Fundação MS, em Maracaju, com a presença do vice-presidente da Aprosoja/MS, Andre Dobashi, do coordenador técnico da Associação, Gabriel Balta, do diretor-executivo da Fundação MS, Alex Melotto, do pequisador da Fundação Chapadão, Fábio Abrantes, e de representantes da Corteva Agriscience.
De acordo com Dobashi, a proposta nasceu de uma demanda da senadora Tereza Cristina, que, ao observar estados vizinhos alcançando maiores patamares de produtividade, defendeu a necessidade de o Mato Grosso do Sul identificar e aplicar alternativas para superar desafios produtivos, especialmente na segunda safra de milho. “Transformar essa demanda em resultados concretos é a nossa missão. Ao lado da Corteva e das fundações de pesquisa, estamos criando um ambiente em que o produtor terá acesso a conhecimento aplicado, inovação e protocolos de manejo que realmente funcionam no Mato Grosso do Sul. É assim que vamos avançar em produtividade e garantir maior competitividade para o nosso Estado.”
Além de darem respaldo científico ao projeto, as fundações MS e Chapadão, terão papel ativo na construção dos protocolos de manejo, na validação das práticas em campo e na transformação dos resultados em conhecimento aplicável. As fundações serão responsáveis por aproximar a pesquisa da realidade das propriedades rurais, garantindo que cada recomendação chegue ao produtor com base técnica sólida e adaptada às condições do Estado.
O projeto terá três linhas de ação:
Envolvimento do produtor rural
O agricultor será a parte central do processo. A Corteva, junto às fundações de pesquisa, irá estabelecer protocolos de manejo que abrangem nutrição de solo, escolha de sementes, uso de defensivos e aferição da colheita. O objetivo é identificar o melhor manejo para cada região de mAto Grosso do Sul.
Ambiente acadêmico e validação contínua
As fundações terão papel essencial na avaliação dos protocolos, garantindo alinhamento entre ciência, empresa e necessidades do produtor.
Política de Estado
A última linha de ação busca consolidar os resultados em uma política pública, determinando o potencial produtivo das culturas em diferentes microrregiões e orientando os produtores sobre as práticas necessárias para atingir o máximo desempenho.
Na avaliação do diretor de Relações Externas para a América Latina da Corteva, Augusto Moraes, a cooperação simboliza um novo patamar para a agricultura do Estado.“Estamos combinando o conhecimento técnico agronômico da Corteva com a capacidade de execução e compreensão da agricultura sul-mato-grossense. O Mato Grosso do Sul é estratégico para a companhia e, com a Aprosoja/MS, vamos fortalecer a implementação de protocolos que chegarão até o produtor, transformando produtividade e rentabilidade. Quem ganha é o agro, é o Estado, é o Brasil.”
Representando o ambiente científico, o diretor-executivo da Fundação MS, Alex Melotto, ressaltou a ciência como uma ferramenta indispensável ao agricultor. “Cem por cento do que o agricultor usa na lavoura é fruto da pesquisa científica. A ciência é uma ferramenta do agricultor e para o agricultor. O papel das fundações de pesquisa é entregar muito mais do que produtos: são ferramentas de tomada de decisão que ajudam o produtor. Afinal, o que todos nós queremos é que o produtor rural colha mais milho em Mato Grosso do Sul. Então, essa iniciativa é o marco de um momento em que o setor produtivo, de maneira geral, está preocupado com a expansão e com o crescimento na produtividade”.
Áreas-modelo e transferência de tecnologia
O projeto também prevê a indicação de áreas-modelo, em Mato Grosso do Sul. Nestes locais, a Corteva fornecerá suporte técnico e transferência de tecnologia, aplicando práticas de manejo avançadas que servirão de referência para todo o Estado.
Início da parceria
A iniciativa também foi destacada em encontro realizado em 30 de junho de 2025,na Fazenda Boa Vista, no Sul do Estado . O evento evidenciou a união entre setor produtivo, entidades representativas e empresas de tecnologia como um caminho sólido para garantir bons resultados e ampliar a competitividade da agricultura sul-mato-grossense.
Texto e fotos: Crislaine Oliveira (Assessoria de Comunicação da Aprosoja/MS)