Mapeamento realizado pela Aprosoja/MS aponta o Uso e Ocupação do Solo em MS
Comemorando 15 anos em 2024, o mapeamento do Uso e Ocupação do Solo, realizado por meio do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul (SIGA-MS), projeto executado pela Aprosoja/MS, em parceria com o Governo do Estado e o Sistema Famasul, acompanha as principais atividades desenvolvidas durante o ciclo da cultura da soja e milho, coletando dados e informações divulgadas por meio de circulares e informativos técnicos.
“O projeto é referência nacional para as cadeias produtivas da soja e do milho e confere visibilidade mundial à agricultura sul-mato-grossense. A ferramenta possibilita ainda, a atuação estratégica na tomada de decisões para produtores e instituições públicas e privadas”, aponta o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc.
De acordo com o estudo técnico da primeira safra, 2023/2024, 48% dos mais de 35 milhões e 700 mil hectares do Mato Grosso Sul, foram dedicados à pastagem; seguidos de áreas remanescentes (cerca de 30%); soja (11,8%); eucalipto (4,1%), dentre outras culturas.
Ainda de acordo com os dados técnicos, em comparação com a safra anterior as áreas dedicadas à soja, eucalipto, remanescente e cana-de-açúcar apresentaram aumento, enquanto as áreas dedicadas às pastagens e milho apresentaram redução.
O município de Chapadão do Sul foi o que mais apresentou variação positiva no aumento da área dedicada à cultura da soja, com cerca de 9% de ampliação, seguido de Costa Rica e Campo Grande.
“Mato Grosso do Sul tem se destacado como um estado competitivo no cenário do cultivo de soja. Nos últimos 5 anos, observamos um impressionante crescimento médio de 7,2%. Ao expandirmos o período de análise para a última década, a taxa média de crescimento se mantém robusta em 6,8%. Apesar das flutuações na produtividade das safras, temos sido capazes de sustentar esse ritmo de crescimento exponencial”, revela o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
Metodologia
O processo de mapeamento de uso e ocupação do solo é uma tarefa meticulosa que envolve o levantamento detalhado das principais culturas presentes no Mato Grosso do Sul. A coleta de dados é estrategicamente realizada durante os estágios de crescimento das culturas, especificamente nos meses de novembro e dezembro para a estação do verão, e abril e maio para a estação do inverno.
Este estudo meticuloso envolve o registro das coordenadas geográficas das culturas, que são marcadas a cada quilômetro ao longo das rodovias. Estas coordenadas são posteriormente validadas através de técnicas de sensoriamento remoto, garantindo assim a precisão e a confiabilidade das informações coletadas em campo.
Em média, cada safra resulta no registro de aproximadamente 20 mil pontos de coordenadas GPS, cobrindo uma distância de cerca de 22 mil quilômetros no vasto estado do Mato Grosso do Sul.
As Culturas Agrícolas de Interesse são categorizadas da seguinte forma:
• Para o mapeamento realizado no verão, as culturas incluem: Soja, Cana-de-Açúcar, Eucalipto, Pinus, Seringueira, Pasto, Remanescentes Florestais e a categoria ‘Outros’ para aquelas que não foram classificadas.
• Para o mapeamento realizado no inverno, as culturas incluem: Milho, Algodão, Sorgo, Milheto, Cana-de-Açúcar, Eucalipto, Pinus, Seringueira, Pasto, Remanescentes Florestais e a categoria ‘Outros’ para aquelas que não foram classificadas.
O mapeamento é conduzido através de um processo de classificação automática e visual, alcançando precisão de cerca de 90%.
Mapas
Para celebrar os 15 anos do estudo técnico, a Aprosoja/MS, em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, irá disponibilizar gratuitamente as informações dos 79 municípios do Estado em suas redes sociais e também para as gestões locais, o que facilitará a tomada de decisão dos gestores públicos na implantação de empreendimentos de acordo com a vocação de cada cidade e região.
Texto: Crislaine Oliveira (Assessoria de Comunicação da Aprosoja/MS)
Foto: arquivo da Aprosoja/MS