Chuvas interferem nas operações de colheita e semeadura de grãos em MS
A ocorrência de elevadas precipitações na maior parte do estado de Mato Grosso do Sul, durante os meses de janeiro e fevereiro, tem interferido na operação de colheita de soja, que apresenta um atraso de 17 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior; e na semeadura de milho segunda safra, com atraso de 16 pontos percentuais em comparação com o igual período de 2022, segundo SIGA MS – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio.
Até o momento, a porcentagem de área colhida de soja que deveria estar em 47%, atingiu apenas 25%, cenário que pode impactar no desenvolvimento do milho segunda safra. O presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, André Dobashi, ressaltou que “para minimizar o risco de perdas durante o ciclo do milho, é fundamental que o produtor fique atento ao zoneamento agrícola de risco climático para a localização da sua propriedade, além de analisar o histórico de suas áreas”, explica o presidente ao lembrar que o produtor deve ficar atento a qualquer sinal de sol, para seguir com a colheita da soja e plantio do milho.
Dados do Centro de Monitoramento de Tempo e do Clima de MS - CEMTEC, mostram que no último mês, o estado registrou um acumulado significativo, com chuvas que variaram de 200 a 600 milímetros (mm), representando um aumento de 100 a 350% na climatologia. Em Ponta Porã, município da região sul-fronteira, o acumulado de chuva foi de 539 mm, 233% acima da média histórica. Já na região central, em Campo Grande, a precipitação acumulada foi de 225 mm, 30% acima da média histórica.