Skip directly to content

Chuvas devem ficar abaixo da média histórica até o mês de junho no Estado

As temperaturas também devem ficar acima da média histórica , aponta Cemtec
25/03/2025 - 14:30

De acordo com dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec),  as chuvas tendem a ficar abaixo da média histórica entre os meses de abril e junho de 2025, principalmente na metade oeste e sudeste de Mato Grosso do Sul. 

As temperaturas seguem a mesma tendência e devem ficar acima da média histórica no Estado, favorecendo a formação de períodos com temperaturas acima da média, e até mesmo a formação de ondas de calor durante períodos de ausência de nuvens e chuvas.  

“A segunda safra de milho enfrenta um risco significativo de sofrer com a estiagem, o que pode reduzir seu potencial produtivo até junho. Esse cenário pode não apenas resultar em uma queda na produção, mas também aumentar o risco de queimadas durante o período de colheita devido ao excesso de massa seca”, aponta o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.

Em relação ao fenômeno El Niño, a previsão indica 77% de probabilidade para a ocorrência de condições de neutralidade no até o mês de junho no Estado. 

Ainda de acordo com Gabriel, para a segunda safra de milho 2024/2025, em Mato Grosso do Sul, a influência desse fenômeno de neutralidade pode trazer alguns desafios e oportunidades. “O fenômeno de neutralidade, que se refere à ausência de El Niño ou La Niña, geralmente causa uma redução nas chuvas na região Sul do Brasil, enquanto pode aumentar a precipitação nas regiões Centro-Oeste e Nordeste”. 

Para a equipe do Cemtec não é apenas esta forçante climática que determina as condições gerais do clima e, de forma geral, sua atuação é indireta no clima de Mato Grosso do Sul. 

Até o mês de junho são esperados os seguintes impactos na agricultura do Estado:

1.    Chuvas irregulares: As chuvas podem ser irregulares e abaixo da média histórica. Isso pode afetar negativamente o desenvolvimento das plantas. Em safras anteriores, chuvas irregulares resultaram em perdas significativas para os agricultores.

2.    Possíveis benefícios: Nas áreas mais ao sul do estado, onde a influência de neutralidade tende a ser menor, as chuvas podem ser mais próximas do normal, beneficiando a produção. Dados históricos mostram que essas áreas frequentemente têm melhores resultados em anos de neutralidade.

3.    Riscos climáticos: A irregularidade das chuvas pode aumentar o risco de estresse hídrico, impactando a produtividade.

 

Texto: Crislaine Oliveira (Assessoria de Comunicação da Aprosoja/MS)

Foto: arquivo da Aprosoja/MS