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USDA estima queda na produção de milho nos EUA

O USDA divulgou na última semana o relatório Outlook com previsões agrícolas até o ano de
2026 para os EUA. Na cultura do milho é estimado que a safra 17/18 apresente uma redução de área em relação ao que foi visto na safra 16/17, ficando em 33,31 milhões de hectares. Essa área reduzida deve servir de incremento, principalmente, para a produção de soja, em vista que o departamento estendeu a estimativa de área para essa cultura. Estima-se que a produção também apresente redução na próxima safra, sendo aguardado 357,14 milhões de toneladas. Para os próximos dez anos o USDA pondera uma redução gradativa na área do cereal, sendo aguardado que chegue em 2026 com 31,69 milhões de hectares, porém mesmo com essa redução a produção fica estimada em 375,53 milhões de toneladas, o que demonstra que o país pretende investir na produtividade e manter o aumento das exportações que já vem ocorrendo desde as últimas safras.

Principais destaques do boletim:

  • O preço do milho no mercado interno exibiu avanço de 1,54%. A alta ocorreu, entre outros fatores, pela baixa oferta do cereal no mercado interno e os avanços nas cotações da BM&F.
  • As cotações do dólar acompanharam o cenário político brasileiro e as expectativas de entrada de recursos externos no país. Registrando queda de 1,20% e média de R$ 3,10 na última semana.
  • A paridade para jul/17 obteve alta de 1,30% na última semana. Apesar da queda do dólar, a alta nas cotações da CBOT (jul/17) valorizaram a paridade.
  • O contrato para mar/17 na CBOT avançou 1,26%. As compras técnicas da última semana
    puxaram as cotações para cima.

Os embates causados pela possível renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) pelos EUA podem trazer grandes oportunidades para o milho brasileiro daqui para frente. Por conta de questões políticas, o México vem apresentando interesse em novos fornecedores para a importação de cereal e o Brasil pode se beneficiar por já ter um protocolo comercial com o país. Essa pode ser uma grande oportunidade para o MT expandir o destino do seu cereal, visto que o Estado vem apresentando boa participação nas exportações do milho no Brasil. Para se ter uma ideia, no mês de jan/17 o MT exportou 1,45 milhão de toneladas, o que representa um share de 77% nos volumes escoados pelo país. E de acordo com o USDA, o Brasil espera na safra 16/17 uma produção recorde de 86,50 milhões de toneladas de milho, o que pode ser suficiente para atender a demanda mexicana.

O boletim completo pode ser acessado aqui.

Fonte: Imea