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Soja tem 2ª feira ainda com pressão em Chicago da colheita nos EUA e chuvas no Brasil

A semana começa com preços em campo negativo para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h30 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 4 pontos, com o novembro/17 sendo cotado a US$ 9,64 por bushel. Já o maio/18, referência para a safra brasileira, era negociado a US$ 9,91.

Parte dessa pressão ainda vem do bom avanço da colheita nos Estados Unidos, onde o clima permite o desenvolvimento dos trabalhos de campo  os índices de produtividade continuam ainda bastante positivos, cada vez mais próximas de confirmar as últimas projeções para a safra americana.

"Sazonalmente o mercado está iniciando  o  período de forte colheita e muito em breve deveremos ver uma  possível  pressão de vendas por parte do produtor", explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa. E hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza, no final do dia, seus números sobre a colheita americana e as condições das lavouras no país em seu reporte semanal de acompanhamento de safras. Na última semana, o boletim trouxe 10% da área colhida até 24 de setembro.

Ainda sobre clima e trabalhos de campo, o mercado internacional vê ainda as boas chuvas que chegam ao Brasil das regiões produtoras e também sente essa pressão. Segundo informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o tempo instável observado no último final de semana deverá persistir até o início desta semana.

"Há condições para chuva forte, acompanhada de rajadas de vento e de queda de granizo em alguns pontos", mostram as previsões do instituto. Os acumulados mais expressivos ainda deverão ser observados no Brasil Central - Sudeste e boa parte do Centro-Oeste). Assim, os traders também seguem acompanhando a atualização dessa informações.

No mercado interno, a semana deverá começar, com explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, com a demanda interna aquecida, mostrando um interesse ainda maior pela soja, com bons negócios podendo fluir também para a safra nova.

"O mercado da soja continuará mostrando negócios internos e com as indústrias vindo a campo para se abastecer, porque correm o risco de não conseguirem matéria prima para trabalhar no final do ano e no começo do próximo", diz o consultor.

Atenção também ao comportamento do dólar - hoje o index sobe, nesta manhã, 054% para 93,42 pontos - e aos dados de embarques semanais que o USDA traz também nesta segunda-feira, perto de 12h (Brasília).

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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