Skip directly to content

Soja: Mercado tem 2ª feira de estabilidade em Chicago com foco ainda na colheita dos EUA

Após o recuo forte da última sexta-feira (23), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago começama a semana operando com estabilidade e testando os dois lados da tabela. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os principais contratos da oleaginosa registravam oscilações de menos de 1 ponto, com o novembro/16 valendo US$ 9,54 e o maio/17, US$ 9,71 por bushel. Mais cedo, o mercado internacional operava em alta.

A falta de direção dos preços nesta segunda-feira vem ainda do foco que os investidores mantêm sobre a questão climática nos Estados Unidos e o impacto que vem exercendo sobre o andamento da colheita no Meio-Oeste. Embora algumas áreas venham sofrendo com o excesso de umidade e os trabalhos estejam comprometidos, em outras o avanço é considerável. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz, no final da tarde de hoje, a atualização dos dados sobre a colheita e as condições das lavouras e, até sua divulgação, os investidores seguem especulando. No último final de semana, alguns estados receberam até 127 mm de chuva, segundo informações do Commodity Weather Group, como Kansas e Oklahoma, e algumas chuvas ainda no leste do Corn Belt. O restante do cinturão permaneceu seco e as novas previsões indicam que deverá permanecer assim até que as precipitações retornem, na próxima semana.

"O mercado continua preocupado com as chuvas fortes e algumas cheias em Iowa, Minnesota e Wisconsin. Porém, os trabalhos de campo avançaram bem no restante do Meio-Oeste e isso ainda mantém uma pressão sobre os preços", explica Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia em nota nesta segunda. Além disso, os reportes de produtividade têm confirmado, nos últimos dias, o potencial da safra americana.

Ainda nesta segunda, o USDA atualiza também os embarques de grãos norte-americanos, e este boletim chega no início da tarde, podendo também trazer alguma influência sobre a direção das cotações. A demanda, afinal, tem sido o mais importante pilar de suporte dos preços nas últimas semanas, com boas vendas sendo reportadas dos EUA.

No mercado financeiro, o petróleo busca uma recuperação e, em Nova York, nesta manhã de segunda-feira, subia quase 1%, para buscar de volta os US$ 45,00 por barril. Já na China, os índices acionários caíram às suas mínimas em sete semenas com reflexo das últimas baixas de Wall Street e pressionado ainda pelo setor imobiliário local, como informa a agência de notícias Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas