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Soja: Dólar fecha com mais de 1% de baixa e pressiona preços nos portos do Brasil nesta 3ª

A terça-feira (7) foi de volatilidade para os mercados nacional e internacional da soja. Após registrar bons ganhos no início da tarde, os preços praticados nos portos do Brasil perderam força diante de um expressivo recuo do dólar. A moeda norte-americana perdeu mais de 1% e se distanciou um pouco mais dos R$ 3,50 depois de declarações no Senado Federal do presidente indicado ao Banco Central, Ilan Goldfajn.

Dessa forma e, apesar da recuperação e do fechamento positivo na Bolsa de Chicago, a soja disponível em Paranaguá caiu 2,08% para R$ 94,00 e se manteve estável nos R$ 93,00 em Rio Grande. Já no mercado futuro, R$ 89,50 no terminal paranaense, com queda de 0,56%, e R$ 90,50 no gaúcho, onde perdeu 0,55%. Mais cedo, antes da despencada do dólar, as cotações chegaram a operar entre R$ 95,00 e R$ 98,00 no disponível.

"A leitura do mercado é que haverá pouca interferência no mercado de câmbio quando o Ilan estiver no comando do BC", disse à Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. Na sabatina do Senado, o possível novo presidente da instituição disse que "o preço do dólar não será conduzido. Será flutuante. Ter uma taxa de câmbio flutuante faz com que se consiga equilibrar internamente e externamente a economia brasileira".

A pressão do câmbio chega, como explicam analistas, para limitar o avanço das cotações, porém, as mesmas ainda encontram suporte na oferta brasileira de soja, que segue bastante disputada. E por isso, nos últimos dias, os preços de soja nos portos brasileiros chegaram a alcançar o patamar dos R$ 100,00 por saca e a superá-lo ligeiramente em alguns momentos. Além disso, a referência do Cepea também bateu seu recorde da série histórica ao chegar aos R$ 96,26 por saca. "Esse valor é recorde da série do Cepea, em termos nominais. Em termos reais, o Indicador é o maior desde 24 de setembro de 2012, quando fechou a R$ 98,05 (valor atualizado pelo IGP-DI de abril/16)", informou o Cepea em um de seus alertas.

Termômetro da demanda internacional intensa pela soja brasileira - e que vem disputando com a indústria brasileira - os prêmios também têm registrado ganhos muito forte nos portos. Em Paranaguá, as duas posições mais próximas de entrega - junho e julho/16 - têm, respectivamente, valores de US$ 1,05 e US$ 1,10 por bushel sobre os atuais valores praticados em Chicago. Até mesmo a posição abril/17 ainda conta com prêmios positivos e tem 38 cents de dólar acima da CBOT.

A América do Sul terá uma safra 2015/16 menor do que as estimativas iniciais indicavam e assim já se espera não só um volume menor de grão, mas também dos derivados farelo e óleo. Com isso, a demanda maior pelos três produtos acaba se chocando com essa oferta menor, principalmente no caso do farelo argentino. E a China segue comprando, principalmente soja em grão.

"A demanda interna (chinesa) está aquecida e as margens de lucratividade para os esmagadores, por conta do farelo e do óleo, estão bastante positivas. Então, a China, além de consumir internamente volumes crescentes, ela se tornou uma exportadora para os países vizinhos, abastecendo-os com farelo e óleo. O esmagamento na China tem um custo bem mais baixo do que na América do Sul e Estados Unidos, então continua sendo mais vantajoso levar o grão, esmagar na China e atender os mercados regionais", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

A tendência neste momento, porém, é de que as negociações no Brasil permaneçam travadas, acontecendo apenas de forma pontual e mais regionalizadas, ainda de acordo com o consultor. Com cerca de 80% da safra 2015/16 já comercializada e os preços muito firmes e em patamares recores, os produtores estão retraídos. As exportações perdem um pouco de ritmo, com a indústria local pagando até mais do que a exportação para garantir sua matéria-prima.

"Temos vistos níveis do interior de R$ 2,00 a R$ 3,00 acima do que pode liquidar na exportação, mas no consumo regional, para a produção de óleo e farelo", relata Brandalizze.

Nesta terça, entretanto, o dólar também pesou sobre os preços formados no interior do Brasil. As baixas variaram entre 0,43% e 3,53%, com valores ainda variando entre R$ 80,50 e R$ 92,00 por saca, que é o caso de Ponta Grossa, no Paraná. A exceção fica por conta das praças de Jataí/GO - com R$ 78,50 - e na região Oeste da Bahia, com R$ 79,33 por saca.

Mercado Internacional

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago até chegaram a testar algumas baixas na sessão desta terça-feira, porém, se recuperaram e terminaram o dia em campo positivo. Os ganhos entre as posições mais negociadas encerrara os negócios com altas de 3 a 11 pontos, levando o julho/16 a US$ 11,41 e o novembro/16 a US$ 11,16 por bushel.

As previsões de clima mais quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos têm sido, nesta semana, motivo de atenção para os traders e de suporte para as cotações. "Essas previsões aumentaram a possibilidade do esperado La Niña. E os fenômenos anteriores de La Niña foram todo associados à secas", explicou o analista internacional Bob Burgdorfer do portal Farm Futures.

Por enquanto, o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos tem sido positivo. No final da tarde desta segunda-feira (6), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou seu reporte semanal de acompanhamento de safras mostrando que 83% da área de soja já foi plantada no país, contra 78% da última semana e 77% da média dos últimos cinco anos.

O boletim mostra ainda que 65% das lavouras de soja estão emergindo, enquanto na semana passada eram 65% e a média plurianual, para esta época, é de 57%. No caso da oleaginosa, 72% das plantações se encontram em boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 4% entre ruim e muito ruim. Em 2015, neste mesmo período, os números eram de 69%, 26% e 5%, respectivamente.

Além disso, o mercado internacional, nesta semana, ainda conta com a chegada de um novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA, o que leva os investidores a se posicionarem antes dos novos números.

Fonte: Notícias Agrícolas

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