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Soja: Com alta do dólar e estabilidade em Chicago, preços fecham a 2ª feira em alta no Brasil

Nesta segunda-feira (11), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registraram uma sessão de pouca movimentação, com os traders à espera dos novos números que serão reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira.

No Brasil, o mercado da soja nos portos registrou alguma recuperação, principalmente em função da alta do dólar frente ao real e favorecido, ao mesmo tempo, pela pouca alteração nos preços na Bolsa de Chicago. A moeda americana, nesta segunda-feira, subiu mas de 2% refletindo fatores do mercado financeiro internacional, e terminou o dia com R$ 3,0525.

Assim, em Paranaguá,  o preço da soja disponível subiu 0,74% para R$ 68,50 por saca. Em Rio Grande, alta de 2,21% para R$ 69,50 na oleaginosa com entrega em maio/15 e ganho de R$ 1,67% para o produto a ser entregue em maio de 2016, com o último preço de R$ 73,00 por saca. Em Santos, preço estável em R$ 68,80.

Bolsa de Chicago

E as expectativas, de acordo com analistas, são de que o USDA reduza os estoques finais de soja dos EUA da safra 2014/15 e traga ainda um reajuste para cima das exportações da safra velha norte-americana.

Da safra 2014/15, as expectativas indicam uma redução nos estoques finais de soja dos Estados Unidos, os quais poderiam ficar com uma média de 9,88 milhões de toneladas, com as projeções variando entre 9,53 e 10,42 milhões de toneladas. No boletim de abril, esse número veio em 10,07 milhões.

Sobre a safra 2015/16, as expectativas do mercado apontam para estoques finais de soja variando entre 9,39 e 15,7 milhões de toneladas, com uma média de 11,92 milhões de toneladas. Para o milho, projeções que variam de 39,4 a 52,78 milhões de toneladas e média de 44,1 milhões.

Além da espera pelos números do boletim mensal de oferta e demanda que serão reportadas neste dia 12, o mercado aguarda ainda pelo novo boletim de acompanhamento de safras que sai ainda nesta segunda, porém, após o fechamento do pregão. E as expectativas do mercado, no caso desse reporte, é de que o USDA aponte a de 20 a 25% da área de soja já semeada nos EUA da safra 2015/16, segundo analistas.

Por outro lado, o mercado recebeu ainda alguns fatores de suporte para as cotações na Bolsa de Chicago, como os embarques semanais dos EUA acima das expectativas e boas notícias vindas da economia da China.

Na semana que terminou em 7 de maio, os norte-americanos embarcaram 263,263 mil toneladas, contra as projeções dos traders que variavam de 110 mil a 240 mil toneladas. E o volume acumulado na safra 2014/15 subiu para 46.238,577 milhões de toneladas, contra 41.694,523 milhões do mesmo período da temporada anterior. O USDA, em sua última projeção, traz uma expectativa das exportações totais de 48,72 milhões de toneladas para o ano comercial que só se encerra em 31 de agosto.

E, na China, o governo cortou as taxas de juros pela terceira vez em seis meses como uma tentativa de reduzir os custos de empréstimos para empresas e alimentar a economia do país, que deve registrar um crescimento menor em relação a anos anteriores, mas ainda assim alcançar cerca de 7%.

"As notícias sobre os estímulos à economia da China ajudaram a promover alguns ganhos para o mercado da soja no início da sessão, porém, o impacto foi pontual. Os ganhos, no entanto, levaram o vencimento julho a superar as médias móveis de 20 e 50 dias em Chicago, mas ainda assim, o mercado perdeu um pouco de força e fechou abaixo delas", explicou Bob Burgdorfer, analista de mercado do site norte-americano Farm Futures.

Fonte: Notícias Agrícolas