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Soja: Bolsa de Chicago mantém o movimento de alta, após subir mais de 11 pontos na última sessão

Os futuros da soja na Bolsa de Chicago operam em campo positivo na manhã desta terça-feira, após fecharem a segunda-feira (11) com ganhos de mais de 11 pontos, atingindo o patamar mais alto dos últimos sete meses e meio.

Por volta das 7h45 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 5 e 7 pontos, todos superando os US$ 9,30 por bushel. O maio/16 anotava US$ 9,35/lb com ganho de 7 pontos; o junho/16 subia 6,5 pontos, sendo cotado a US$ 3,43; e o vencimento agosto/16 cotado a US$ 9,45 ganhando 6,50 pontos.

Na sessão anterior os futuros na CBOT subiram forte, puxados pela expectativa de redução nos estoques dos Estados Unidos, que será divulgado no relatório de oferta e demanda nesta quarta-feira (13). Há um sentimento do mercado de que Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai reduzir sua projeção para os estoques finais no país para 12,41 milhões de toneladas, ante 12,51 milhões de toneladas projetadas no mês passado.

Outro fator que justificou o movimento de alta , segundo Eduardo Vanin, analista da Agrinvest, foi o dólar.

No fim da sessão, a moeda recuou 2,83%, a 3,49 reais na venda, menor cotação de fechamento desde 20 de agosto passado (3,45 reais). O forte declínio foi reflexo da euforia do mercado com perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em apenas duas sessões, a queda acumulada da divisa foi de 5,39%. A retração vista nesta segunda aconteceu mesmo após quatro atuações do Banco Central (BC) para sustentar as cotações.

De acordo com Vanin, a valorização do real frente à moeda americana torna o produto brasileiro menos competitivo no mercado internacional e cria expectativa de mudança da demanda para o produto americano.

Além disso, os futuros também acompanharam a valorização do farelo de soja que fechou o pregão com altas de 6,4 pontos em todos os vencimentos.

O mercado também observa o andamento dos principais mercados financeiros, ao mesmo tempo em que acompanha o desenvolvimento do clima nos EUA, início da safra 2016/17, e a disputa por área entre soja e milho. Todos esses fatores, segundo analistas, devem direcionador às cotações de ambas as commodities no mercado internacional.

 

Fonte: Notícias Agrícolas