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Soja: Balanço 2017 e Perspectivas para 2018

A safra brasileira de soja registrou novo recorde de produção com mais de 114 milhões de toneladas, crescimento de 19,5% em relação à safra passada. Esse montante foi atingido devido ao incremento de 1,9% em área, investimento em tecnologia e boas condições climáticas.O plantio em todas as regiões foi realizado dentro do período ideal e a baixa infestação de pragas e doenças contribuiu para o bom desenvolvimento das lavouras. Assim, todas as regiões obtiveram produtividade recorde. A região do MATOPIBA, que vinha de quatro safras com baixo rendimento devido aos problemas climáticos, passou por um período de estiagem em dezembro e janeiro. Entretanto, com a regularização das chuvas no decorrer da safra o rendimento cou acima das expectativas inicias. A receita obtida com a venda de soja em praticamente todas as regiões foi suciente para cobrir o custo total de produção, gerando rentabilidade positiva ao produtor rural. Devido à oscilação de preços e à maior produção, a comercialização foi lenta comparada às safras anteriores. Isso fez com que no terceiro trimestre de 2017 muitos produtores ainda estivessem com soja em estoque.

A CNA está coordenando um projeto para desenvolver um equipamento para a classicação de grãos. A classicação realizada atualmente é considerada subjetiva, provocando diferenças signicativas de descontos entre diferentes companhias, afetando a renda do produtor rural. O objetivo do projeto é tornar a classicação de grãos mais objetiva e permitir inclusive que o produtor faça a classicação dentro de sua propriedade.

Perspectivas 2018:

O crescimento de área plantada deverá garantir rendimento próximo a safra passada.

A safra dos Estados Unidos bateu novo recorde de produção com 120,6 milhões de toneladas (+3%). Para a América do Sul, a estimativa é de queda de cerca de 5% da produção principalmente devido à expectativa de recuo de produtividade para o Brasil e Paraguai. O volume produzido deve ser semelhante à safra passada, in‑uenciado pelo incremento de novas áreas na região do MATOPIBA, avanço sobre áreas de pecuária no Centro-Oeste e sobre áreas de milho no Sul, e pela manutenção de investimentos nas lavouras pelo produtor rural. Atualmente, a maioria dos produtores rurais negocia de forma individual a compra dos insumos com as empresas e a venda de sua produção com compradores. Esse modelo de comercialização não é vantajoso para o produtor. Em 2018, a CNA irá desenvolver um mecanismo de comercialização que ajudará os produtores rurais a se unirem para comprar insumos e vender a produção. O objetivo é que melhorem sua renda. Tendo melhor poder de negociação, eles poderão gastar menos com insumos agrícolas e aumentar o valor de venda da produção.

Os custos de produção devem aumentar de 5 a 7%, puxado principalmente pelo combustível, energia elétrica e mão-de-obra. Os fertilizantes e defensivos devem permanecer em patamares semelhantes à safra passada se a estimativa de queda do dólar se conrmar.

Fonte: CNA

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