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Sindicato Rural reúne produtores para discutir estradas em Amambai

O Sindicato Rural de Amambai (SRA) reuniu na noite de segunda-feira, dia 21 de dezembro, no auditório anexo a sede da entidade, produtores para realizar um balanço sobre a situação das estradas rurais em Amambai e municípios vizinhos.

A reunião contou com a presença do secretário municipal de obras públicas de Amambai, Eder Espindola e do engenheiro da Prefeitura de Coronel Sapucaia, Theo Andreoli, além de representantes de empreiteiras contratadas emergencialmente pelo Governo de Mato Grosso do Sul para atuar em conjunto com as prefeituras na recuperação das estradas rurais na região Cone Sul do Estado.

Segundo o presidente do SRA, Ronan Nunes da Silva, o objetivo da reunião foi realizar um diagnóstico de como estão às estradas, pontes e aterros e levar ao produtor rural, respostas em relação ao andamento dos trabalhos de recuperação.

Amambai e vários municípios da região Cone Sul do Estado em Mato Grosso do Sul, tiveram pontes, aterros e as estradas danificadas, inclusive algumas delas totalmente destruídas pelas fortes chuvas que caíram no mês de novembro e início deste mês de dezembro.

Tais danos, que chegaram a deixar regiões inteiras praticamente isoladas, preocupa a classe produtora, inclusive em relação a escoamento safra de soja e milho, tendo em vista o período da colheita que se aproxima.

Clima é de pessimismo

Durante a reunião, tanto os secretários municipais como os representantes das empresas contratadas pelo Estado deixaram evidente que a preocupação dos produtores tem fundamento.

Tanto Aral Moreira Maciel, diretor da ST Construtora como Valter Brito da Silva, C&C Construtora, ambas empresas com sede em Amambai, foram categóricos em afirmar que grande parte das estradas da região estão temporariamente irrecuperáveis.

As empresas alegam que o lençol freático acabou subindo, tendo em vista o grande volume de chuva que caiu na região, formando minas no leito as estradas.

“Tentar fazer o trabalho de recuperação nessas condições é jogar dinheiro fora”, ressaltou Valter Brito ao relatar que o melhor caminho é aguardar o tempo firmar para realizar o trabalho de recuperação.

Em contato com a reportagem do grupo A Gazeta, o diretor regional da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) com sede em Amambai, o engenheiro civil Stefano de Brida, que é o responsável por fiscalizar o trabalho das empresas contratadas para o atendimento de emergência aos municípios da região, disse reconhecer o problema.

Segundo Stefano, para evitar perda de tempo e de material, os trabalhos serão centralizados na recuperação de aterros e trechos que permitam o acesso de maquinários até que as estradas estejam em condições de receber a manutenção adequada, fator que poderá levar alguns dias, tendo em vista a constante ameaça de chuva.

O secretário de obras da Prefeitura de Amambai, Eder Espindola também comentou na reunião sobre o problema das estradas com a elevação o lençol freático, mas disse que a Secretaria está adotando todas as medidas possíveis para tentar reverter a situação.

De acordo com o secretário, toda a equipe e os maquinários da Prefeitura estão à campo e os trabalhos a zona rural permanecerão ininterruptos durante o final de ano.

“Só vamos parar no dia de Natal e no dia primeiro de janeiro. Nos demais dias as equipes permanecerão no trecho buscando garantir a acessibilidade a nossa população que vive na zona rural e visando também garantir o máximo de acesso para o escoação da produção agropecuária”, disse Eder Espindola ao destacar que a partir da segunda quinzena do mês que vem (janeiro) o soja já começa a ser colhido em algumas localidades do município.

Ajuda do produtor é fundamental

Tanto as prefeituras quanto as empresas contratadas emergencialmente pelo Estado destacam que o apoio dos produtores rurais, tanto de Amambai como de toda a região, é de fundamental importância para que o trabalho de recuperação das estradas seja otimizado.

“Precisamos que os produtores disponibilizem pontos de coleta de cascalho e abram as porteiras e autorizem a abertura de cercas de suas propriedades para a entrada dos maquinários. Esse acesso livre é imprescindível para realizarmos um trabalho de qualidade”, disse Eder.

O presidente do Sindicato Rural, Ronan Silva, que inclusive disponibilizou a retirada gratuita de cascalho da jazida existente em sua propriedade, destacou a importância da colaboração dos produtores no momento delicado que as estradas rurais de Amambai e região atravessam.

Ronan Silva também deixou a sugestão de grupos de produtores se unirem para contratar horas de máquinas privadas para ajudar na recuperação das estradas em suas respectivas regiões.

“Mantive contato com o prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa e ele se prontificou em fornecer o óleo diesel, caso os produtores venham a contratar esses maquinários para atuar no âmbito do município”, disse o presidente do SRA ao ressaltar que com essa ajuda da Prefeitura, baixaria o custo da máquina ao produtor.

Fonte: A Gazeta