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Semente e biotecnologia são áreas de interesse, diz Bayer

O CEO global da Bayer CropScience, Liam Condon, disse que a companhia tem uma estratégia clara de não fazer movimentos adicionais para aquisições de outras companhias do setor, mas admitiu que "se surgir opção disponível que se encaixe na nossa estratégia podemos ser tanto compradores como vendedores", disse. Condon, que participa de um evento da companhia em Paulínia (SP) nesta quarta-feira (4/11), disse que a empresa "sempre prefere comprar a vender" e que as áreas de sementes e biotecnologia são as de interesse para futuras oportunidades de crescimento. "Estamos há mais de 150 anos e queremos ficar mais 150 anos aí", brincou.

Indagado sobre a crise atual, Condon disse que a companhia acredita no crescimento futuro do país e busca se adaptar ao atual "ciclo de curto prazo" e às situações de volatilidade, como a cambial. "Em geral, todos descobrem que têm amigos em horas difíceis. Você não sai fora em tempos difíceis, são horas de oportunidades e acreditamos no crescimento futuro do Brasil; é uma questão de quando", disse o executivo.

Já Eduardo Estrada, presidente da Bayer CropScience da América Latina, lembrou que a companhia é uma indústria de altíssima tecnologia, cujos investimentos são em dólar e a demanda pelos produtos, bem com as exportações dos produtos agrícolas, também são na moeda norte-americana. "Temos de lidar com o impacto do câmbio", informou.

No entanto, Estrada comentou que, apesar disso, a situação que mais preocupa a empresa é o crédito para os produtores. "(O produtor) foi afetado pelo clima, que não foi tão favorável no começo do ano, pois a safra atrasou. Houve queda no faturamento pelo maior controle e pelas dificuldades do repasse cambial, mas o que preocupa demais é a situação de crédito, particularmente no Centro e Norte do Brasil e teremos de ter muita ajuda de bancos e governo para a agricultura", explicou.

A companhia inaugurou nesta quarta-feira, em Paulínia (SP), laboratórios de Monitoramento de Resistência a Fungicidas, Herbicidas e Inseticidas e do Centro de Expertise em Agricultura Tropical, que demandaram investimentos de R$ 31 milhões, dos quais R$ 22 milhões em 2015. Localizado na região de Campinas (SP), o centro está em uma área de 90 hectares, com 150 moléculas desenvolvidas anualmente para novos agroquímicos.

Fonte: Estadão Conteúdo