Saída da crise e novo arranque passam pelo agronegócio, diz presidente da John Deere
Entretanto, o executivo da companhia ponderou que com crise ou sem crise, é preciso comer, e demanda, seja ela doméstica e global não vai faltar. De acordo com o executivo, não que o agronegócio não sofra com o cenário macroeconômico em nível interno ou externo. “O setor também sofre os impactos”, ressaltou. Só que, de acordo com Herrmann, o agronegócio tem suas regras de mercado específicas, fundamentalmente ligadas à própria sobrevivência humana, o que garante diferenciais ao setor.
Para ele, mais do que ser saída para a crise, o agronegócio é o combustível para um novo arranque mais duradouro para o Brasil. “De fato, nós passamos por um momento delicado, mas não tenho dúvidas que este país está fadado ao sucesso”, assinalou, ressaltando que “a incorporação de tecnologia no campo é fundamental para que o agricultor supere o momento adverso”.
Para ilustrar seu raciocínio, Herrmann usou como exemplo as transformações por que passa o maior cliente do agronegócio brasileiro, a China. Na avaliação do executivo, a desaceleração do mercado chinês atinge as commodities minerais e metálicas, como petróleo e minério de ferro. “A demanda por alimentos não entra nesta conta. É preciso desconectar esta relação de diminuição do ritmo de crescimento do PIB chinês com menos consumo de alimentos. A China vai continuar comprando comida”, analisou.
De acordo com Herrmann, o fim da política do filho único no país asiático, por exemplo, fará uma grande revolução na demanda por alimentos, por produtos agrícolas, e os economistas pouco têm falado sobre isso, disse ele. Além disso, acentuou o executivo, outro fator que assegura a demanda da China por alimentos é justamente a escassez de água local. “É mais barato para a China importar alimentos do que fazer toda uma estrutura hídrica para produzir lá. ”
Fonte: Datagro
- Entrar to post comments