Safrinha vive dias de clima favorável, mas preços incertos
A pouco mais de um mês para o início da colheita, os produtores de milho safrinha de Mato Grosso do Sul enfrentam momentos de incerteza no mercado. Os preços da saca do grão até agora apresentam pequeno recuo, mas as especulações são com os valores futuros. Os analistas se dividem entre projeções de quedas, influenciadas pela chegada da safra e boa produção, e aumentos, influenciados por forte demanda de consumo e problemas climáticos.
O analista da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Famasul, Leonardo Carlotto, afirma que nas últimas duas semanas o preço caiu, saindo da média de R$ 21,50 para R$ 20. A cotação atual está abaixo da registrada no mesmo período do ano passado, que era de R$ 21. Mas ele Mas ele avalia quem dependendo das condições de mercado, os valores podem ter recuperação.
Principalmente para a região de Dourados, o consultor de mercado Liones Severo, é ainda mais otimista e aposta em uma alta de 19% com a saca passando de R$ 21 para R$ 25. "O comportamento dos preços dependerá diretamente da demanda chinesa que tende a aumentar em relação aos anos anteriores, assim como a demanda interna", justifica, lembrando também que o andamento da safra dos Estados Unidos vai interferir diretamente nos resultados. As análises do consultor serão apresentadas durante o Circuito Aprosoja, na 50ª edição da Expoagro de Dourados.
Precaução
Já o analista da Granos Corretora, Carlos Davalos, vê os indicativos de mercado futuro apontando para outro rumo: quedas progressivas nos preços, com possibilidade até de chegar ao valor mínimo estipulado pelo governo federal, de R$ 17,46.
"Mantendo esse cenário, os preços podem recuar ao mínimo estipulado pelo governo", afirma.
Ele justifica a análise com base nas cotações apresentadas pelos futuros compradores, que projetam oferta de R$ 18,50 pela saca entre julho e agosto.
"Conforme a janela de entressafra vai se fechando, os preços vão diminuindo. As cotações estão sendo pressionadas pela boa safra americana e brasileira, e a curto prazo não enxergo uma mudança, com aumentos nos preços?, explica, acrescentando que mesmo um forte aumento nas exportações conseguirá alavancar os valores.
Correio do Estado
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