Safrinha de soja eleva oferta mundial em 6%
Aumento do plantio de segunda safra de soja no Brasil e Paraguai ocorre em função de perdas no verão, baixos preços de milho e produção de semente.
As apostas elevadas dos produtores sul-americanos, principalmente brasileiros e paraguaios, na safrinha irão elevar a oferta mundial de soja em 6% neste ano. Em estimativa divulgada nesta semana, a consultoria alemã Oil World adicionou 2,2 milhões de toneladas à sua projeção para a safra global da oleaginosa, agora calculada em 281,9 milhões de toneladas. Na comparação com a colheita anterior (265,7 milhões de t), o incremento é de 16,1 milhões de t.
De acordo com a empresa, a soja safrinha ocupa perto de 750 mil hectares no Brasil (contra 130 mil no ano passado) e 550 mil hectares no Paraguai – plantio que deve render aos dois países cerca de 3 milhões de toneladas adicionais a partir de junho, quando tem início a colheita de inverno.
Considerando as duas safras anuais (verão + safrinha), a produção brasileira de soja é estimada pela Oil World em 86,2 milhões de toneladas, 2% acima do previsto em março. Para o Paraguai, o aumento é de 9%, com a colheita do país podendo chegar a 8,5 milhões de toneladas.
A consultoria avalia que a oferta maior que o previsto deve deixar o mercado da oleaginosa pressionado no médio prazo. No entanto, afirma ainda que o cenário pode ser revertido caso o clima continue desfavorável ao plantio da nova safra nos Estados Unidos.
Mercado aquecido
16% foi quanto os preços internacionais da soja subiram na Bolsa de Chicago neste ano. A escassez de produto nos EUA e da forte demanda mundial, principalmente por parte da China, serviram de combustível para a valorização.
Gazeta do Povo
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