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Produção sustentável de soja avança no país

Uma produção de soja mais sustentável tem avançado nos últimos anos com o programa de gestão econômica, social e ambiental Soja Plus. Desde 2011, 1.322 fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais receberam visitas técnicas do projeto. Juntas, elas representam cerca de 8% da produção nacional de soja. “É um programa de capacitação importante, que traz o discurso de sustentabilidade para a prática”, disse Fábio Trigueirinho, presidente em exercício da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), no Seminário Soja Plus, realizado nesta quinta-feira, 23, em São Paulo.

São cinco os pilares do programa: qualidade de vida no trabalho, melhores práticas de produção agrícola, viabilidade financeira e econômica, qualidade do produto e responsabilidade social. “A sustentabilidade é um processo e precisa estar na agenda do dia a dia de todo mundo. E esse é o propósito do Soja Plus nas propriedades”, diz Pierre Vilela, superintendente do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes) do Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O projeto inclui capacitações gerais, por meio de cursos, além de visitas técnicas nas propriedades. “É uma orientação gratuita sob demanda, fazenda a fazenda”, relata Trigueirinho.

Um dos aspectos que mais atrai os produtores para o projeto é a necessidade de entender e se adequar às legislações vigentes no país e normas exigidas também por mercados internacionais. Raul Alffonso Rodrigues, coordenador do Soja Plus em Mato Grosso do Sul, conta que agricultores do Estado já têm procurado a Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) para entender melhor as mudanças que ocorrem com a reforma trabalhista. “Capacitar técnicos para levar essas informações a campo é um dos nossos desafios para 2018”.

Apesar desse interesse nas normas, para Nelson Luís Piccoli, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), uma boa gestão da propriedade e a sustentabilidade econômica têm que ser o primeiro foco. “Sem conhecer sua capacidade de lucro, o produtor não consegue fazer as adequações trabalhistas e ambientais necessárias”, pontua.

Para 2018, o objetivo geral do Soja Plus é expandir o programa para Goiás - além de ampliar a atuação nos Estados já participantes - e produzir novos materiais técnicos de orientação. Os produtores interessados no projeto devem procurar as associações responsáveis em seus Estados. O Soja Plus é uma parceria entre Abiove, Aprosoja-MT, Sistema Famasul, Sistema Faemg, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Mercados - Uma produção mais sustentável tem sido requisito para alguns mercados, principalmente na União Europeia. No início do ano, compradores europeus, Aprosoja-MT e Abiove assinaram memorando de entendimento para apoiar e ampliar essa forma de produção no Brasil. “Há um interesse cada vez maior. E, nisso, a comunicação é um ponto a se trabalhar. Precisamos mostrar que existe governança e preservação de vegetação nativa”, afirma Trigueirinho.

O ponto é reforçado pelo chefe da Embrapa Monitoramento por Satélite Evaristo de Miranda. “Os imóveis rurais preservam 20,5% das áreas de vegetação nativa no país, mais do que as unidades de conservação (13%), então temos que mostrar isso”. Ele ressalta que também é importante que saibam fora do país qual o impacto financeiro disso. “Eles precisam entender o quanto abdicamos de gerar de renda para manter essas reservas de vegetação”. Segundo levantamento da Embrapa, considerando a área preservada por produtores em Mato Grosso e “um preço baixo para o hectare”, o valor monetário disso ficaria na casa de R$ 448,5 bilhões. “Não estamos defendendo desmatar, mas é preciso trabalhar melhor as informações”.

Fonte: PORTAL DBO

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