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Preço do algodão acumula queda em maio

Os preços do algodão em pluma têm recuado neste mês, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No acumulado de maio, o indicador para pagamento em oito dias, com base em São Paulo, caiu 2,3%, fechando a R$ 2,1301 a libra-peso na terça-feira (12/5).

“Apesar das recentes quedas nos valores da pluma, compradores se mantêm cautelosos para novas aquisições. Muitos representantes de indústrias alegam estar abastecidos. Essa retração compradora tem levado parte dos cotonicultores a ser flexível quanto aos preços de venda”, diz a instituição, em nota.

De acordo com os pesquisadores, esse cenário tem reduzido a liquidez do mercado interno da pluma. A comercialização futura da safra 2014/2015 está desaquecida.

Em Mato Grosso, o Instituto de Economia Agropecuária do estado (Imea) reforça o cenário de menor volume de negócios da safra nova. De acordo com a instituição, o volume comprometido de algodão da safra 2014/2015 está em 53% do total estimado de produção (856,2 mil toneladas). Em abril, foram comercializadas 42,6 mil toneladas.

“As cotações, tanto internas quanto em Nova York, apresentaram viés de alta, entretanto, o enfraquecimento do câmbio impediu uma liquidez mais acentuada”, diz o Imea, em boletim semanal.

Na semana passada, o instituto registrou queda de 0,69% na cotação média do estado. A arroba caiu para R$ 66,43, acompanhando o movimento dos principais contratos na bolsa de Nova York e do indicador do Cepea.

Clima preocupa

Ainda conforme o Imea, pelo menos 10% das lavouras de algodão de Mato Grosso estão em maturação, já com exposição das plumas. A situação preocupa, avaliam os técnicos, porque chuvas nesta fase podem prejudicar a safra.

“Nas regiões sudeste e oeste, responsáveis por 82% da produção do Estado, a expectativa é de que não pare de chover antes do dia 03/06. Chuvas sobre essas plumas podem ser prejudiciais, mesmo em baixos volumes, por causar manchas e prejudicar o brilho, podendo causar perdas de produtividade em casos extremos”, diz o boletim.

Fonte: Globo rural