Praga silenciosa pode devorar parte da safrinha de milho
Na safra de verão, alguns produtores disseram ter perdido quase toda a produção, no entanto, como é o milho segunda safra que predomina na região, não houve um impacto significativo na colheita geral do país. Na safrinha, porém, a história é outra.
“Ela está tirando nosso sono e gastando nosso dinheiro”, diz o produtor Silvio Wegener, de Rio Verde, em Goiás, que cultivou 900 hectares com o cereal. Ele afirma ter praticamente acabado com a praga, mas, para isso, teve que dobrar o número de aplicações de agroquímicos. “Ela voa longe e se reproduz muito rápido. E a doença só vai se manifestar quando o milho já está ‘pendoando’. No começo você não percebe estrago nenhum, nada”, conta o agricultor.
Significa que nem toda cigarrinha está infectada, por isso a pesquisadora não recomenda o aumento de aplicações de inseticidas na lavoura. O ideal, de acordo com ela, é a prevenção antes mesmo do início do plantio. “Não há uma medida que seja eficaz para controlar a doença isoladamente”, salienta. “Preconizamos que as sementes sejam tratadas e que eles evitem a semeadura em áreas próximas de uma lavoura que esteja infectada, porque senão pode pulverizar o quanto quiser que não vai adiantar”, complementa Elizabeth.
Utilizar variedades diferentes também é uma saída. Além disso, como a cigarrinha se alimenta de plantas jovens, o ideal é que não haja muita diferença em relação às épocas de plantio, para que os insetos não tenham força para atacar uma fatia considerável da lavoura. Quando há áreas muito próximas e em diferentes estágios de desenvolvimento, o “bando” vai trocando os talhões mais antigos pelos mais novos, pouco a pouco, potencializando os estragos.
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