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Participação brasileira no agronegócio mundial pode chegar a 10%

Após a validação do acordo que autoriza a exportação de carne bovina para os Estados Unidos, o Brasil pode elevar sua participação no comércio agrícola mundial dos atuais 7% para 10%. Para Blairo Maggi, ministro da Agricultura, a conquista do mercado norte-americano, é alternativa para abertura de novos parceiros comerciais.

"Tenho percebido que vamos crescer muito no setor agro, para sair de 7% da participação no comercio mundial para 10% nos próximos anos. Não é tarefa fácil, mas também não é impossível. Estamos mexendo internamente no ministério porque, se queremos produtos de qualidade, temos de produzir, fiscalizar e deixar que a iniciativa privada faça o seu trabalho”, disse o ministro.

Apesar da previsão inicial do ministério de os primeiros embarques começarem somente daqui 90 dias, Blairo Maggi afirmou que, conforme as "últimas informações", os trâmites e trânsitos já estão liberados "quase que de imediato".

Segundo informações da Agência Brasil, o ministro da Agricultura estuda medidas para desburocratizar regras no setor agropecuário. Nos próximos dias, disse Blairo, serão anunciadas revisões de cerca de 300 medidas burocráticas para tirar "dinheiro da mão da ineficiência e trazer para a mão da eficiência". "Todos os ministros precisam entender que o servidor público é importante quando diz sim, apesar de muitos acharem que são importantes quando dizem não”, acrescentou.

De acordo com o ministro, após levantar dados com diferentes entidades, a pasta pretende extinguir algumas medidas e atualizar outras, que, por exemplo, vigoram desde a década de 1960. "Espero que no máximo em 20, 30 dias a gente possa apresentar isso à sociedade", previu.

Entre as medidas em estudo está a de facilitar a entrada de sementes de milho no mercado brasileiro, algo que, segundo uma empresa do setor informou o ministro, era prejudicado pela demora na autorização de entrada por meio dos portos brasileiros. Ao conversar com um representante dessa empresa e manifestar o interesse do governo em rever as normas para a entrada desse produto, Maggi foi informado de que, caso não perca tanto tempo nos portos, a empresa ampliará de 15 mil toneladas para 50 mil toneladas o comércio dessas sementes com o Brasil.

Fonte: Datagro