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Endividamento prejudicou setor sucroenergético no PIB, diz Sindalcool

A safra de cana-de-açúcar poderia ter contribuído mais para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no 2º trimestre se não fossem o alto endividamento das usinas, superior a R$ 50 bilhões, e o crédito mais caro para financiamento do setor. A opinião é do presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos.

"Neste ano, o setor passou a 'respirar', mas ainda falta muito" para voltar a ter peso, afirmou ao Broadcast Agro, serviço em tempo real da Agência Estado. Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB da agropecuária caiu 2,7% no 2º trimestre ante o 1º, mas subiu 1,8% frente igual intervalo do ano passado.

A produção de cana apresentou expansão de 2,1% no período. Conforme Santos, o que falta para a cadeia produtiva de açúcar e etanol é "notadamente uma política energética de longo prazo", que dê previsibilidade ao consumo e produção de etanol no País. "Se o governo quer que algo aconteça tem de começar pelo setor produtivo", avaliou o presidente do Sindalcool-MT.

Ainda segundo ele, a disparada do câmbio e a alta dos juros no trimestre também pesaram sobre o sucroenergético. "O dólar encareceu os fertilizantes, os defensivos", explicou. Pelas projeções da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), principal associação do setor sucroalcooleiro, o Centro-Sul, que responde por 90% da safra de cana do Brasil, processará 590 milhões de toneladas de matéria-prima na atual temporada, acima das 571 milhões de toneladas do ano passado.

 Fonte: Estadão Conteúdo