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Soja: Com alta do dólar e Chicago, preços testam recuperação também no porto de Rio Grande

Nesta quinta-feira (13), o mercado internacional da soja segue operando do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago, após cair mais de 60 pontos na sessão anterior. Assim, as posições mais negociadas - que já chegaram a subir mais de 10 pontos nos melhores momentos do pregão até agora - registravam ganhos de pouco mais de 6 pontos, com o novembro/15, referência para a safra americana, valendo US$ 9,16 por bushel, por volta das 11h (horário de Brasília).

No Brasil, após dois dias de baixas consecutivas, a sessão é positiva também para o dólar frente ao real, o que trazia alguma recuperaçã para os preços da soja nos portos brasileiros. Em Rio Grande, por exemplo, a soja disponível valia R$ 78,20 por saca - contra os R$ 76,50 do fechamento de ontem - e a futura era cotada a R$ 78,50, enquanto fechou em R$ 77,00 nesta quarta. Já em Paranaguá, o produto disponível ainda não contava com uma referência, e a soja da safra nova tinha valor de R$ 77,00 por saca.

Os ganhos, segundo explicam analistas, é um movimento de correção para os preços depois da despencada de ontem, com os traders reajustandos suas posições após o baixista relatório mensal de oferta e demanda trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (12).

"Os futuros dos grãos estão subindo hoje diante de um alívio depois das vendas de posições (por parte dos grandes fundos de investimento) pós boletim do USDA, e um leve movimento de compras já pôde ser observado nesta madrugada", explicou Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures.

Na tabela abaixo, veja os números completos do boletim do USDA para a safra 2015/16 de soja:

Paralelamente, a economia chinesa também se mantém no foco dos negócios internacionais e pesando, especialmente, sobre o andamento do câmbio. Hoje, a nação asiática anunciou, pelo terceiro dia consecutivo, uma nova desvalorização do yuan. Porém, ao mesmo tempo, o Banco Central do país afirmou também que já não vê mais motivos para continuar com essa depreciação da divisa. Refletindo essas declarações, os indíces acionários asiáticos fecharam o dia em alta.

Como noticiou a agência Reuters, "o banco central da China disse que não há base para mais depreciação do iuan à luz dos fundamentos econômicos fortes do país. A moeda recuava pelo terceiro dia consecutivo após a decisão de Pequim de desvalorizar a moeda na terça-feira" Assim, ainda de acordo com informações reportadas pela Reuters, "o banco do Povo da China disse que o ambiente econômico, superávit comercial sustentado, posição fiscal sólida e grandes reservas internacionais dão fornecem "forte suporte" à taxa de câmbio".

O dólar, por volta de 11h50 (Brasília), subia mais de 1% cotado a R$ 3,513, e a moeda americana subia não só frente à brasileira, mas à uma cesta das principais divisas ao redor do mundo. Além das informações que partem da China, internamente,  o cenário político ainda é um dos principais ingredientes para o comportamento da taxa cambial, segundo explicam analistas.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA trouxe seu novo relatório mensal de vendas para exportação e os números da soja ficaram dentro das expectativas do mercado. Entre as duas safras, foram vendidas pelo país, na semana que terminou em 6 de agosto, 756,8 mil toneladas de soja, sendo 96,3 mil da safra velha e mais 660,5 mil da nova. As projeções variavam entre 300 mil e 1 milhão de toneladas.

Foram reportadas ainda as vendas semanais de 334,1 mil toneladas de farelo de soja - acima das expectativas de 50 mil e 175 mil toneladas. Por outro lado, as vendas de óleo, na semana, ficaram negativas em 800 mil toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas