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Com ajuda do Mapa, Embrapa quer criar subsidiária

Durante palestra inaugural no Congresso Brasileiro de Agronegócio, que ocorre até terça-feira  (4/8), em São Paulo, o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, disse que está avançando o projeto de criação da subsidiária de tecnologia ligada à estatal. Apesar de ser uma empresa pública com direitos privados, a Embrapa conta hoje com uma série de “amarras burocráticas, que inibem a rapidez para fazer negócios e acordos com o setor produtivo e privado”, reconheceu ele em entrevista à Globo Rural.

A nova S/A deve contar com profissionais responsáveis em transformar os ativos desenvolvidos pelas diversas unidades da Embrapa no país em novos negócios e produtos. “Uma subsidiária poderia, por exemplo, viabilizar o surgimento de novas empresas, a partir de ativos que a Embrapa desenvolva, seriam startups de tecnologia”, afirmou.

O projeto, segundo Lopes, está pronto e tem o aval do Ministério da Agricultura. A Embrapa e a pasta comandada pela ministra Kátia Abreu estão levando agora a proposta para discussão no Congresso e esperam aprovação da nova “agência nacional de tecnologia agropecuária” ainda este ano.

Integração

Com o tema “sustentar é integrar”, a apresentação do presidente da Embrapa no evento abordou os desafios a serem enfrentados pelo setor produtivo nos próximos anos. Segundo Lopes, os mercados consumidores vão se tornar mais sofisticados e mais exigentes, o que exigirá da agropecuária brasileira produzir mais em menos espaço. “A classe média na Ásia vai representar 60% da população nos próximos 20 anos. “A nossa agroindústria vai ter de dar bons saltos. Até porque vem o desafio da certificação, da rastreabilidade, da garantia de segurança desses alimentos. Os métodos e modos de produção vão mudar, com cada vez mais fabricação de produtos 3D. Uma série de mudanças vão acontecer e isso precisa estar no nosso radar”, destacou.

A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) são sistemas que devem ganhar espaço no Brasil, por serem redutores de impactos ambientais, além de agregarem renda aos produtores. Além disso, são as melhores vias para a recuperação de áreas degradadas, especialmente de pastagens. A incorporação das florestas também será importante, por trabalhar na lógica do bem-estar animal, sem contar que é uma “poupança para o produtor rural”.

Fonte: Revista Globo Rural