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Cenário pode levar a menor crescimento da produção, aponta Nassar

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, fez um balanço positivo da relação custo-benefício para o produtor em função da alta do dólar ante o real. Segundo ele, há um cenário de menor rentabilidade e que pode levar a um crescimento menor da produção.

"Apesar de aumento de custos, vários produtores se protegeram muito bem", disse, durante apresentação debalanço dos trabalhos realizados pela pasta no primeiro semestre do ano. Ele e outros secretários estiveram reunidos com a ministra Kátia Abreu para apresentar esses dados e traçar planos para o próximo período. "O câmbio, apesar do aumento de custos, dá mais competitividade às exportações. Acredito que, no fim das contas, o balanço é positivo para o produtor", ponderou.

Crédito

O secretário de Política Agrícola afirmou que o Plano Safra 2014/2015, encerrado em 30 de junho, teve 99% dos recursos aplicados. Ele lembrou da pujança do setor agropecuário neste início de ano e relatou que, enquanto o País apresentou retração econômica no primeiro trimestre, o agronegócio se expandiu em 4,7%. Nassar salientou que mesmo em um ano de ajuste fiscal foi possível aumentar os recursos do Plano Safra 2015/2016 em 20%. Ele defendeu que, apesar das elevações das taxas de juros das operações, elas continuam competitivas frente às oferecidas pelo setor privado.

Ele ponderou que mesmo as taxas das modalidades de crédito que têm as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) como funding apresentam taxas competitivas por serem isentas de Imposto de Renda. O secretário explicou que medidas foram tomadas para distribuir melhor os recursos de LCA. "O ministério eliminou possibilidade de liberar recursos acima dos limites", disse. Segundo ele, essas possibilidades concentravam as operações em faixas de produtores de maior renda. O secretário afirmou, ainda, que os atrasos do seguro rural ainda do ano passado estão quase que totalmente resolvidos e disse que R$ 390 milhões já foram pagos às seguradoras em 30 de junho.

Missão dos EUA

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, afirmou que o Brasil receberá, na primeira quinzena de agosto, uma missão dos Estados Unidos para vistoriar os frigoríficos brasileiros. Essa visita é uma das últimas etapas para que o País comece a exportar carne bovina in natura para os norte-americanos, um acordo que foi fechado durante a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos.

União Europeia

A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, afirmou que todas as aberturas de mercado efetivadas este ano pelo ministério representam um potencial de exportação de US$ 1,4 bilhão por ano. A fala dela ocorreu durante apresentação de balanço dos trabalhos da pasta no primeiro semestre do ano. Tatiana explicou, ainda, que de janeiro a junho foram realizados 974 processos de exportação.

Desse total, a China concentrou a maioria, 14,30%. A secretária relatou que o ministério pretende criar cargos para mais 11 adidos agrícolas, para fortalecer a presença do Brasil nos mercados internacionais. Ela disse que o ministério está trabalhando para mais acordos bilaterais. "Um acordo entre o Mercosul e a União Europeia poderia aumentar nossas exportações em 20%", ponderou.

Fonte: Estadão Conteúdo