Produtor médio na próxima safra terá 17% a mais de crédito para custeio e investimento
O Governo Federal anunciou, nesta terça-feira (2/6), o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2015/2016, que vai disponibilizar R$ 187,7 bilhões para a próxima safra, aumento de 20% em relação ao PAP 2014/2015. Deste total, R$ 149,5 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, e R$ 38,2 bilhões para investimentos. O Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) teve incremento de 17% nos recursos, totalizando R$ 18,9 bilhões (R$ 13,6 bilhões para custeio e R$ 5,3 bilhões para investimentos).
A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou o aumento de recursos para o médio produtor e o esforço do governo federal em ampliar o volume de recursos do plano, “mesmo com o país vivendo uma conjuntura de ajustes”, para que o setor agropecuário continue crescendo e abastecendo a população. “Faremos realinhamento dos juros, mas sem comprometer a capacidade dos produtores”. “Os produtores rurais estarão respondendo o apoio com mais produção de alimentos, exportação e mais empregos para o Brasil”. Ela também abordou a questão da infraestrutura e logística e falou sobre as concessões do governo para melhoria do escoamento da safra agrícola, principalmente pelo norte do país.
Por sua vez, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, falou sobre a importância do agronegócio na economia brasileira e ressaltou que “ajustes econômicos não se fazem apenas com cortes, mas também com investimentos”. Ela informou que o seguro rural terá R$ 668 milhões em recursos do orçamento e que será criado o Sistema Integrado de Informações do Seguro Rural (SIS-Rural) para dar mais transparência ao setor agropecuário na hora de contratar o seguro.
Juros - De acordo com o PAP 2015/2016, houve alta das taxas de juros dos principais programas e estas serão definidas de acordo com a renda bruta anual do produtor. Quem tiver faturamento acima de R$ 90 milhões terá de pagar taxas maiores ao tomarem os financiamentos. Os juros, neste plano, variam de 7% a 10%. O governo também subiu os limites de financiamento de custeio por produtor, de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, e de comercialização, de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões.
O PAP manteve o volume de R$ 3 bilhões para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Para os investimentos em plantios florestais, os limites por produtor serão de R$ 5 milhões nas propriedades acima de 15 módulos fiscais e de R$ 3 milhões para imóveis com menos de 15 módulos fiscais. Também foram disponibilizados R$ 2,4 bilhões para armazenagem.
Fonte: CNA
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