BB registra alta de 9% na carteira de crédito rural em 2014
O Banco do Brasil registrou crescimento de 9% na sua carteira de crédito rural nos últimos 12 meses encerrados em março deste ano. A informação está no balanço do primeiro trimestre de 2015, divulgado nesta quinta-feira (14/5), segundo o qual a instituição detém 60,5% do mercado de crédito para a agropecuária no país. O saldo do segmento chegou a R$ 163,4 bilhões em março de 2015 e representou 21% da carteira total de crédito do banco.
Do total, R$ 118,7 bilhões representam o crédito rural para pessoas físicas, alta de 18,2%. Os outros R$ 44,7 bilhões são de operações com empresas, queda de 9,8% em 12 meses. Em março de 2014, o saldo do crédito rural da instituição era de R$ 150 bilhões, sendo R$ 100,4 bilhões para pessoas físicas e R$ 49,6 bilhões para empresas.
“A segmentação da carteira destaca, no comparativo anual, as operações de investimento, incremento de 26,1% (+R$ 16 bilhões); custeio, aumento de 7,1% (+R$ 3,2 bilhões); e crédito agroindustrial, redução de 13,7% (-R$ 4,8 bilhões)”, informa o relatório.
Nos nove primeiros meses da safra 2014/2015, de julho de 2014 a março deste ano, o banco registrou a liberação de R$ 57,4 bilhões em crédito rural, crescimento de 8,1% em relação aos três primeiros trimestres do ciclo 2014/2015. Do total, R$ 35,1 bilhões foram para a agricultura empresarial (+4%) e R$ 12,9 para a agricultura familiar (+21%).
O Banco do Brasil registrou também aumento na inadimplência da carteira. O índice de pagamentos com mais de 90 dias de atraso chegou a 0,82% em março de 2015. Em dezembro de 2014, estava em 0,69% e em março do ano passado, em 0,74%. Foi o quarto trimestre sucessivo de aumento. Ainda assim, o balanço informa que o índice “permaneceu em nível baixo”.
Lucro recorde
No geral, o Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 5,818 bilhões, um recorde para o período. O valor é 117,3% maior que o registrado nos primeiros três meses de 2014 (R$ 2,678 bilhões). O retorno sobre o patrimônio líquido, que mede a rentabilidade do capital próprio da empresa, foi de 29,3% no período.
“O resultado foi impactado pela receita gerada pelo acordo de associação celebrado entre o BB Elo Cartões e a Cielo no ramo de meios eletrônicos de pagamento. Esta operação gerou impacto de R$ 3.212 milhões no Lucro Líquido do período”, informou o relatório.
Os ativos totais atingiram R$ 1,524 trilhão em março de 2015, crescimento de 11,2% em 12 meses e 6% em relação ao trimestre anterior. Segundo a instituição, o aumento foi “favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito”.
Fonte: Revista Globo Rural
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