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Milho: Em Chicago, mercado reflete números do USDA e encerra sessão com leves ganhos

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta terça-feira (12) em campo misto. Apenas o vencimento maio/15 terminou o dia em queda, de 1,25 pontos, cotado a US$ 3,57 por bushel. Já as demais posições exibiram ligeiros ganhos, de 0,50 pontos.

Ao longo da sessão, o mercado operou com pequenas oscilações, em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Nesta terça-feira, órgão reportou as novas estimativas para a safra dos EUA e mundial da safra 2014/15 e também as primeiras projeções para a temporada 2015/16.

Os investidores aguardavam as informações sobre a nova safra norte-americana. O órgão indicou a produção de milho do país em 346,22 milhões de toneladas, número próximo da expectativa dos participantes do mercado que, apostavam em uma safra de 344,19 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume previsto é menor do que o colhido na safra passada, de 361,11 milhões de toneladas.

A produtividade média das lavouras deverá ficar em 176,55 sacas por hectare nesta temporada., contra 180,97 sacas por hectare da safra passada, conforme estimativas do USDA. O volume destinado à produção de etanol ficou em linha com o número da produção passada, de 132,09 milhões de toneladas. Já os estoques finais da safra nova são esperados ao redor de 44,35 milhões de toneladas. E as exportações da safra nova deverão somar 48,26 milhões de toneladas do grão.

Da safra 2014/15, o mercado esperava a projeção para os números dos estoques finais. O departamento indicou os estoques em 47,02 milhões de toneladas, número acima das expectativas dos investidores, de 46,94 milhões de toneladas, e do indicado no boletim de abril, de 46,42 milhões de toneladas.

"“O departamento indicou uma safra menor, mas o consumo será maior. E ainda não temos certeza se os produtores norte-americanos irão colher toda essa safra. O aumento nas exportações dos EUA é um sinal positivo, que acreditam em uma demanda maior, principalmente do setor de ração e etanol. Com isso, os preços do cereal que chegaram ao fundo do poço podem sair desse patamar dos US$ 4,00 por bushel nos contratos mais longos para um nível acima, ao redor de US$ 4,50 por bushel”, destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Segundo informações reportadas pelo site internacional Agrimoney.com, as projeções da safra norte-americana e estoques abaixo do que o esperado pelo mercado acabou dando suporte aos preços do cereal. Ainda assim, os analistas destacam que o foco do mercado é o clima no país o andamento da semeadura da nova safra norte-americana.

Ainda ontem, o departamento informou que cerca de 75% da área esperada para esse ciclo já havia sido semeada até o último domingo (10). A projeção está em linha com as expectativas dos investidores do mercado. No mesmo período do ano anterior, a semeadura estava completa em 55% da área e a média dos últimos cinco anos é de 57%. O índice de plantas que já emergiram subiu de 9%, na semana anterior, para 29%. A média dos últimos anos é de 24% e o percentual registrado em igual período de 2014 é de 16%.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega outubro/15, subiu R$ 0,20 e terminou o dia a R$ 27,50. Apesar da ligeira alta registrada no mercado internacional, a queda do câmbio acabou limitando o potencial de ganhos das cotações. A moeda norte-americana fechou a terça-feira a R$ 3,02, com queda de 0,79%.

Os preços ainda têm sido pressionados pelas boas perspectivas em relação à segunda safra no Brasil. Na região de Oeste do estado do Paraná, a saca do milho balcão é cotada a R$ 19,60 e as indicações de preços estão na faixa de R$ 22,00, conforme sinaliza o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou que, o bom regime de chuvas tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras, que estão, em sua maioria, na fase de pendaomento e enchimento de grãos.

Diante desse quadro, a expectativa é que sejam colhidas mais de 47 milhões de toneladas de milho, conforme projeções da companhia. No entanto, algumas consultorias já indicam uma safrinha acima de 50 milhões de toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas