Skip directly to content

Capivaras causam prejuízo a lavoura de milho safrinha em MS

Em São Gabriel do Oeste, a 138 quilômetros de Campo Grande, na região norte de Mato Grosso do Sul, as capivaras, animais típicos da fauna do estado, estão causando prejuízo as lavouras de milho safrinha do produtor Sebastião Cruciol Filho.

Ele diz que tem cultivados 340 hectares de lavouras próximo a uma área de mata e que na safra passada perdeu entre 10 e 12 hectares de soja e de 15 a 16 hectares de milho, com os ataques dos animais e que nesta a intensidade aumentou.

“Calculando em números eu acredito que tenha um prejuízo anual de R$ 50 mil a R$ 60 mil. Até o ano passado não pensava em adotar nenhuma medida para fazer o controle, mas neste, como a intensidade aumentou já penso em fazer alguma coisa”, diz o produtor.

O biológo Kwok Chiu Cheung diz que a destruição do habitat natural dos animais e a proximidade das lavouras com as áreas de mata pode estar potencializando as perdas. “A alteração no ambiente causa o desaparecimento de algumas espécies que são inimigas naturais ou até mesmo a migração deste animais. Consequentemente, as capivaras tem a chamada abertura de nicho ecológico, encontrando alimento ofertado facilmente [lavouras de soja e milho] e sem nenhum competidor ou predador natural”, explica.

O major da Polícia Mliitar Ambiental (PMA), Ednilson Queiroz, diz que se os prejuízos do produtor estão aumentando em razão dos ataques dos animais a lavouras, a primeira medida que ele tem de adotar é procurar o órgão ambiental do estado, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e informar a situação.

Queiroz revelou que a legislação ambiental permite o controle e até o abate de animais em caso de nocividade, de destruição de lavouras e de rebanhos, mas que isso tem que ser autorizado pelo órgão ambiental. “A partir do requerimento feito ao órgão ambiental, será essa instituição que vai fazer estudos e uma vistoria no local, e a partir desta análise definir a necessidade ou não desse controle e como ele vai ser executado”, explica.

O major da PMA alertou ainda que caso qualquer iniciativa seja adotada sem a devida autorização do Imasul o produtor está sujeito a ser autuado administrativamente pela unidade, o que implica no pagamento de uma multa de R$ 500 por animal, se alguma das capivaras for abatida, por exemplo, além de responder a um inquérito policial, por crime ambiental, em que estará sujeito, se for condenado a pena de seis meses a um ano de prisão.

Fonte: G1 MS / TV Morena