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Quinta de mercado do milho com ligeiras perdas

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela pela 4ª sessão consecutiva. Na manhã desta quinta-feira (23), por volta das 8h17 (horário de Brasília), os contratos futuros da commodity exibiam ligeiras perdas entre 0,25 e 1,00 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,72 por bushel.

Os analistas do mercado ressaltam que, nesse momento, faltam notícias que impulsionem as cotações do cereal. Por enquanto, o clima nos Estados Unidos dá sinais de melhora, após as preocupações iniciais com o excesso de chuvas. De acordo com informações do site internacional Farm Futures, as precipitações deverão dar uma trégua no Meio-Oeste norte-americano, o que deverá permitir o avanço na semeadura do milho.

Até o momento, cerca de 9% da área foi semeada com o grão, conforme último reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), contra a média histórica de 13%. Ainda assim, a perspectiva é que até o dia 8 de maio, em torno de 50% da safra (de grãos) já tenha sido cultivada, segundo estimativas dos participantes do mercado.

Além disso, a gripe aviária no país também está no foco dos investidores. O estado de Iowa registra o pior cenário até o momento, ainda conforme dados das agências internacionais. Paralelamente, outro fator que também contribuiu para pressionar os preços do cereal nesta quarta-feira foi o anúncio do Governo da Argentina com a autorização da exportação de 3,5 milhões de toneladas de milho da safra 2014/15.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA deve divulgar novo boletim das vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 588,2 mil toneladas de milho, da safra 2014/15. Uma queda de 8% em comparação com o reportado anteriormente.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

CBOT: Sem novidades, mercado do milho fecha sessão com ligeira perda pelo 3º dia consecutivo

Diante da falta de novidades, o mercado do milho encerrou a sessão desta quarta-feira (22) com ligeira perda, próximo da estabilidade. As principais posições da commodity, negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT), encerraram o dia com quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,72 por bushel, mesmo valor registrado no início do pregão.

As cotações do cereal recuaram pelo terceiro dia consecutivo.  O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, explica que, não há nesse momento, um fator que possa movimentar as cotações do milho em Chicago.

Enquanto isso, os investidores ainda observam as previsões climáticas nos Estados Unidos. De acordo com o boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (19), o cultivo do grão estava completo em 9% da área estimada para essa safra, contra a média dos últimos cinco anos de 13%.

Apesar do ligeiro atraso, o mercado não deu importância aos números, já que os produtores norte-americanos têm a capacidade de cultivar uma grande área em curto espaço de tempo. E, depois das preocupações iniciais com o clima no país, as previsões indicam que as temperaturas deverão subir no Meio-Oeste do país nos próximos dias.

"Com isso, a previsão de uma onda de frio que estava previstas para esta quarta-feira já está quase descartada e se chegar será com fraca intensidade. Ainda assim, o mercado não tem muito espaço para baixa e acabou se apegando aos movimentos técnicos", ressalta Brandalizze.

Segundo o editor do site norte-americano Agriculture.com, Mike McGinnis, as condições climáticas já começam a melhorar a partir de hoje com a chegada de um tempo seco. "Ainda teremos algumas chuvas no final de semana, porém, na próxima semana, uma boa janela de plantio deverá se abrir para muitos produtores no Meio-Oeste. Esta safra (de grãos) estará 50% plantada até o dia 8 de maio sem maiores problemas. Essa é a maior marca que o mercado espera", relata.

Além disso, outra variável que também tem a atenção dos participantes do mercado é o agravamento da gripe aviária do país. Sites internacionais reportaram nesta quarta-feira que a doença já se alastrou por 12 estados norte-americanos e a pior situação é observada em Iowa.

Mercado interno

Após o feriado do Dia de Tiradentes, comemorado nesta terça-feira (21), as negociações foram retomadas no mercado interno. O preço da saca do milho permaneceu estável em R$ 28,00, para entrega em outubro, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.

Conforme dados divulgados pelo Cepea, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), recuou 7,83% no acumulado parcial de abril, até o dia 20. O cenário é decorrente da maior disponibilidade do produto no mercado interno frente ao avanço na colheita da safra de verão.

Paralelamente, a queda no câmbio associada à desvalorização nas cotações do mercado internacional também contribuíram para pressionar os preços. Já a segunda safra apresenta boas condições na maioria das regiões produtoras.

Na região de Laguna Carapã (MS) as chuvas beneficiam o desenvolvimento da cultura do milho safrinha. Com isso, a projeção inicial é que a produtividade média das plantações fique entre 75 a 80 sacas do grão por hectare, conforme destaca o técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto.

China

Em março, a China importou cerca de 50,5 mil toneladas de milho, conforme dados reportados nesta quarta-feira (22) pela Administração Geral de Portos e Alfândegas do país. O número representa uma alta de 5,05% em comparação com o adquirido pela nação asiática no mesmo período do ano anterior.

No total, em torno de 36,1 mil toneladas do grão foram adquiridas da Ucrânia. As compras com origem dos Estados Unidos totalizaram 2,999 mil toneladas do cereal. Nos três primeiros meses de 2015, os chineses compraram 1,232 milhão de toneladas, um aumento de 4,59% em relação à igual período de 2014.

Argentina

Ainda de acordo com o noticiário internacional, o Governo da Argentina autorizou na última segunda-feira (20) a exportação adicional de 3,5 milhões de toneladas de milho da safra 2014/15. Em 2014, o país havia autorizado o embarque de 8 milhões de toneladas do cereal.

Conforme informações do site Infocampo, a perspectiva é que sejam colhidas 30 milhões de toneladas do grão nesta temporada. Já o USDA estimou a safra argentina em 24 milhões de toneladas, no relatório de oferta e demanda do mês de abril.

Fonte: Notícias Agrícolas