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Maior área nos EUA deve pressionar soja no 2º semestre

A perspectiva de maior área de soja na próxima safra de soja dos Estados Unidos indica tendência de pressão baixista para as cotações internacionais do grão no segundo semestre deste ano. A avaliação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

No último dia 31, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório trimestral de estoques e dados sobre a intenção de plantio no país. O primeiro indicou aumento das reservas de soja em relação a março do ano passado.

O segundo documento sinalizou com aumento de área plantada, revertendo projeção inicial feita pelo próprio USDA anteriormente. De acordo com o governo americano, a área plantada com soja no ciclo 2015/2016 deve chegar a 34,25 milhões de hectares.

“Apesar de os números terem vindo abaixo do aguardado pelo mercado, dando fôlego às cotações em curto prazo, a área da próxima safra tende a ser a maior da história, podendo pressionar ainda mais os preços externos no segundo semestre do ano. A reversão da tendência baixista ocorrerá apenas se a demanda mundial for acima do esperado ou as condições climáticas nos EUA forem desfavoráveis”, avaliam os técnicos do Imea.

Na bolsa de Chicago, os contratos de prazo mais longo já sinalizam preço amais baixos. Nesta terça-feira, enquanto o vencimento de maio de 2015 fechava a US$ 9,61 por bushel, o de setembro apontava US$ 9,68 e o de novembro US$ 9,61.

Enquanto isso, no mercado interno de Mato Grosso, as cotações da soja mantém a valorização. Só na semana passada, a cotação média no estado subiu 0,27% e chegou a R$ 55,84 a saca de 60 quilos. De outro lado, o prêmio de exportação com base no Porto de Paranaguá (PR) caiu 5,19% para maio, mantendo-se positivo em US$ 0,4 por bushel.

VBP

Na avaliação do Imea, o Valor Bruto da Produção de soja de Mato Grosso na safra 2014/2015 deve chegar a R$ 22,4 bilhões, superando em R$ 815,9 milhões a temporada anterior. A alta do dólar e o maior volume produzido devem impulsionar o faturamento do setor.

“Apesar das boas expectativas para o VBP desta safra de soja, os altos custos produtivos, no final das contas, amenizam ganhos maiores sobre o bolso do produtor mato-grossense”, ressalta o instituto.

Fonte: Globo Rural