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China desvia soja do Brasil para os EUA

Com portos abarrotados, armazéns lotados e margens negativas para os esmagadores que atuam em seu mercado, grandes importadores chineses começaram a revender cargas de soja compradas no Brasil para processadoras americanas. Em março, circulou a informação de que a Shandong Sunrise Grain and Oil Trading encaminhou aos Estados Unidos 180 mil toneladas de soja brasileira por não ter condições de recebê-la. Analistas estimam que nas últimas semanas pelo menos 500 mil toneladas - o equivalente a oito navios - tiveram o mesmo destino.

Recuo na demanda chinesa por conta da gripe aviária - que causou o extermínio de aves -, queda dos preços domésticos dos suínos, problemas logísticos e dificuldades para obtenção de crédito também estimularam os redirecionamentos. Mas nada foi suficiente, até agora, para derrubar os preços internacionais do grão, que continuam sustentados pelos baixos estoques nos Estados Unidos. No ano, a soja subiu 13,38%.

Valor Econômico