Moratória da Soja teve papel importante na conscientização do produtor rural, diz Abiove
A Moratória da Soja, que teve início em 2006 e será encerrada a partir de dezembro deste ano, teve um saldo muito positivo durante os anos de atuação, tendo papel especialmente importante na conscientização do produtor rural sobre a necessidade de conciliar a produção de alimentos com a preservação dos recursos naturais.
Essa é a análise da Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em publicação sobre a nova agenda da soja no Bioma Amazônia, a ser adotada a partir de 2015 e que têm cunho educativo e preventivo, em substituição ao punitivo.
Segundo a publicação, o cenário em relação ao monitoramento e controle de crimes ambientais antes da moratória mostrava baixo cumprimento da legislação ambiental pelos produtores rurais e altos índices de conversão de florestas nativas em áreas agrícolas.
“Os resultados obtidos no 6º ano de monitoramento mostram que o plantio de soja ocorreu em apenas 0,7% da área total desflorestada no bioma Amazônia, no período de vigência da Moratória”, argumenta a Abiove.
Com os dados, a associação conclui que a soja não é fator relevante no desmatamento da Amazônia, sendo que 90% do desflorestamento no bioma seriam decorrentes de outras atividades agropecuárias, assentamentos de reforma agrária, manejo florestal inadequado, siderurgia (carvão), construção civil, movelaria e especulação imobiliária.
Agro Olhar
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