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Soja tolerante à seca pode chegar ao mercado em cinco anos

A semente de soja tolerante à seca pode estar disponível no mercado em cinco anos. Durante este período, estudos serão realizados em laboratório e depois as plantas serão testadas no campo. Após o estágio de testes, a tecnologia dependerá de liberação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para ser comercializada.

A previsão para que o produto entre no mercado em cinco anos foi dada na quarta-feira (19.02) pelo professor Márcio Alves Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em palestra apresentada no Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes).

Ferreira pretende viabilizar o cultivo de soja em áreas com escassez de água, como as regiões do Semiárido. O pesquisador demonstrou como pode ser possível, por meio da biotecnologia, a transferência dos genes do café tolerantes à seca para outras espécies cultivares, como o algodão, a cana de açúcar, o feijão, o arroz e a soja.

Márcio Alves Ferreira sustenta que a tolerância da soja à seca vai ampliar as fronteiras agrícolas e viabilizar terras não utilizadas, ou subutilizadas, por causa da falta d’água. “A soja poderá ser cultivada em outras regiões, além do Centro-Sul”, afirmou.

Dependendo das áreas, a seca pode levar a uma redução de até 80% da produção em áreas não irrigadas.

Hoje, um levantamento realizado pela Céleres aponta que a safra brasileira 2013/14 destinou 40,2 milhões de hectares para cultivo de culturas transgênicas.  A soja vai totalizará 27 milhões de hectares, com aumento de quase 2,5% em relação ao levantamento anterior, chegando a 87,2 milhões de toneladas.

Agrolink