Soja Convencional pode garantir até R$ 7 a mais por saca
A saca da soja convencional pode valer até R$ 7 a mais para o produtor rural sul-mato-grossense. A informação é do pesquisador da Fundação MS, Carlos Pitol. Tudo isso por conta das bonificações de algumas empresas que adquirem o grão do produtor rural.
Conforme Pitol, o transgênico se disseminou em MS e no resto do País por conta do aumento de produtividade, junto com a diminuição de custos com o uso de insumos. Atualmente, 92% da área plantada com a oleaginosa é geneticamente modificada. “A soja convencional, mesmo com todos os fatores apresentados, ainda é uma opção para o produtor rural”, argumentou o pesquisador.
Os dados do SIGA-MS, do Sistema Famasul, mostram que da área total de soja em MS, 2,16 milhões de hectares estão plantados com a oleaginosa transgênica, já 40 mil hectares são da convencional. Enquanto que a projeção de produção para esta safra é de 6 milhões de toneladas de soja geneticamente modificada e apenas 120 mil toneladas da convencional.
O mercado de bonificação da soja convencional está crescendo em MS, a Coamo, Incopa e Caramuru já agregam valores adicionais para os agricultores que cultivam a planta sem modificação genética. “Na safra 2011/2012, o adicional variava de R$ 3 a R$ 4 a saca, na safra seguida a variação era de R$ 3,50 a R$ 7, e na última safra esse preço já é superior a R$ 7”, explica.
Em sua pesquisa, Pitol apontou que no início, com a vinda das sementes transgênicas, a escolha pela oleaginosa foi principalmente pela dificuldade do controle de invasoras, como as ervas resistentes a herbicida e o custo para controle. “Esse custo foi entre 15 a 20% maior, o problema é que as sojas transgênicas não são tão produtivas como as tradicionais”, informou.
Hoje, já existe um nivelamento de custo de produção entre a soja RR e a convencional. As invasoras também estão mais resistentes ao glifosato. “Para quem quer fazer Plantio Direto na Palha é necessário preservar a área da utilização do herbicida. Se usar milho RR vai ter que usar glifosato”, aponta Pitol.
O produtor que optar pela soja convencional precisa evitar áreas com invasoras de difícil controle, quando houver problemas com essas plantas o pesquisador orienta a rotacionar com RR e evitar o plantio de OGM nos cultivos da safrinha que antecede o cultivo de soja não transgênica.
Sato Comunicação
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