USDA reduz exportações e aumenta estoques finais dos EUA
Nesta sexta-feira (12), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou os dados sobre os estoques trimestrais norte-americanos de grãos e tanto os números da soja, quanto os de milho ficaram dentro das expectativas do mercado.
Na posição de 1º de dezembro de 2017, os estoques trimestrais de soja ficaram em 86 milhões de toneladas, 9% a mais do que o registrado na mesma data em 2016. As expectativas dos traders variavam entre 80,64 e 89,95 milhões de toneladas, com média de 86,71 milhões.
Já os de milho ficaram em 317,52 milhões de toneladas, contra projeções que iam de 310,66 a 321,96 milhões de toneladas, e com média de 315,16 milhões de toneladas. Em 1º de dezembro de 2016, os estoques eram de 314,62 milhões.
Soja EUA
No cenário norte-americano, o departamento reduziu a safra norte-americana a 119,53 milhões de toneladas, contra 120,43 milhões do mês anterior e diante de projeções que variavam de 119,43 e 121,54 milhões. A produtividade sofreu uma leve correção também, bem como a área plantada.
Na outra ponta, o USDA revisou os estoques finais americanos de soja para cima, passando de 12,11 milhões para 12,79 milhões, número que também ficou dentro das expectativas. Ao mesmo tempo, o reporte trouxe uma redução expressiva nas exportações americanas de 60,55 para 58,79 milhões de toneladas.
Soja Mundo
A produção mundial foi também revisada para cima, porém, de forma bem tímida, passando de 348,47 para 348,57 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais globais ficaram em 98,57 milhões de toneladas, contra 98,32 milhões do boletim de dezembro.
Na América do Sul, as mudanças mais expressivas vieram para o quadro do Brasil. A safra 2017/18 foi revisada de 108 para 110 milhões de toneladas, os estoques para 22,36 milhões e as exportações para 67 milhões de toneladas.
Já na Argentina, a produção foi reduzida de 57 para 56 milhões de toneladas e os estoques de 37,17 para 36,17 milhões de toneladas. Já as exportações foram mantidas em 8,5 milhões de toneladas.
As importações da China para o ano comercial 2017/18 também ficaram inalteradas em 95 milhões de toneladas.
Milho EUA
Os dados do milho também registraram mudanças, porém, ficaram, assim como os da soja, dentro das expectativas do mercado. A safra norte-americana foi revisada para cima e ficou em 370,96 milhões de toneladas, com as projeções variando de 366,64 a 372,46 milhões de toneladas. O USDA trouxe um aumento ainda na produtividade do cereal nesse reporte de janeiro.
Entre os estoques finais, uma nova alta, nesse caso de 61,9 para 62,92 milhões de toneladas. O mercado esperava por algo entre 57,48 e 63,99 milhões de toneladas. O uso do cereal para a produção de etanol foi mantido em 140,34 milhões de toneladas, bem como as exportações permaneceram em 48,9 milhões.
Milho Mundo
A produção mundial de milho foi ligeiramente reduzida e ficou em 1.044,56 bilhão de toneladas, contra 1.044,75 bilhão do boletim reportado em dezembro. Na contramão, os estoques finais mundiais passaram de 204,08 para 206,57 milhões de toneladas.
No quadro da América do Sul, poucas mudanças foram registradas. A produção do Brasil foi mantida em 95 milhões de toneladas e a da Argentina em 42 milhões. As exportações vieram em, respectivamente, 34 e 29 milhões de toneladas.
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