Poucas alterações nas cotações de milho
As cotações do milho em Chicago pouco se alteraram nesta semana, fechando a quinta-feira (26) em US$ 3,50/bushel, contra US$ 3,49 uma semana antes. No ano passado, nesta época, Chicago cotava o bushel de milho em US$ 3,54, ou seja, nos mesmos níveis de hoje.
O clima nos EUA está colaborando com a colheita neste momento, com a mesma atingindo a 38% da área até o dia 22/10. Mesmo assim, ainda atrasada em relação a média histórica, que é de 59%. Os analistas esperavam um número de 44% para esta semana.
Por sua vez, as exportações estadunidenses de milho melhoraram um pouco, atingindo a 1,25 milhão de toneladas na semana encerrada em 12/10, sendo o México o principal comprador com 510.100 toneladas daquele total.
Todavia, uma reação na cotação do milho foi refreada pelo fato de alguns Fundos, por estarem sobrecomprados, passarem a vender posições em Chicago. No geral, o mercado não encontra fatores altistas significativos, sendo pressionado pela colheita nos EUA e esperando os novos números de produção e estoques finais que virão no relatório de oferta e demanda do USDA previsto para o dia 09/11.
Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB de milho fechou a semana cotada em US$ 150,00 e US$ 112,50 respectivamente.
Já no mercado brasileiro, os preços voltaram a subir mais um pouco, diante da atual conjuntura. Assim, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 26,07/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 31,00 e R$ 31,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 16,50/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 34,00 em Itahandu (MG), passando por R$ 32,00/saco em Videira (SC).
O mercado paulista continua enfrentando resistência de venda por parte de seus produtores, ocorrendo poucos negócios, fato que se repercute nas demais regiões brasileiras.
Com isso os preços internos se mantêm mais atrativos do que no porto, mesmo com a importante desvalorização do Real nesta semana. Neste sentido, até o final da terceira semana do mês o país havia exportado 3,73 milhões de toneladas, havendo potencial para atingir 5,3 milhões no final do mês. Entretanto, o volume de embarques em outubro seria resultado de contratos realizados anteriormente. Por enquanto, novembro possui indicações em torno de 1,6 milhão de toneladas. Ou seja, as exportações poderiam ser melhores, porém, parecem estar diminuindo de ímpeto a partir deste mês de outubro. Se isso se confirmar até o final do ano comercial (janeiro/18), poderá haver muito milho em estoque no país, compensando a forte redução da safra de verão que se espera devido ao recuo na área semeada.
Enfim, neste momento os consumidores continuam encontrando dificuldades para comporem seus estoques, enquanto a indicação de preços na Sorocabana paulista fecha a semana em R$ 28,50/saco. Já o referencial Campinas se manteve entre R$ 32,50 e R$ 33,00/saco no CIF disponível, enquanto no porto de Santos os valores oscilam entre R$ 29,00 e R$ 29,50/saco. Para a safrinha de 2018 os valores atuais em Santos, na compra, ficam entre R$ 31,00 e R$ 31,50/saco (cf. Safras & Mercado).
Em termos de comercialização, a safrinha atual teria sido negociada em 56% de seu total no Centro-Sul brasileiro, contra 79% no mesmo período de 2016, confirmando que os produtores estão segurando o produto e forçando altas no preço do cereal. Já o plantio da atual safra de verão atingia a 51% no Centro-Sul brasileiro, contra 60% no mesmo período do ano passado. Há atraso significativo em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Fonte: CEEMA / UNIJUI
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