Skip directly to content

Soja realiza lucros em Chicago nesta 5ª feira, mas com atenção à demanda nos EUA

O mercado internacional da soja opera registra leves baixas na manhã desta quinta-feira (2), realizando lucros após o expressivo avanço do pregão anterior. Assim, por volta de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da commodity recuavam entre 3,25 e 4,25 pontos, e o contrato maio/17 era cotado a US$ 10,48 por bushel.

De acordo com analistas internacionais, o mercado segue atento ao futuro dos biocombustíveis nos EUA após a fala de Trump - o que puxou, inclusive, os futuros do óleo de soja nesta quarta -  mas, também à conclusão da nova safra da América do Sul.

Enquanto o bom avanço da colheita no Brasil pesa sobre as cotações, os severos problemas logísticos que vêm sendo registrados aqui também ganham espaço entre os traders. O congestionamento no trecho Cuiabá-Santarém da BR-163, que escoa soja de Mato Grosso para o porto de Miritituba, segue congestionado e com mais de 4 mil caminhões parados.

Dessa forma, a preocupação é com os embarques, que também deverão ficar atrasados, com os navios tendo de pagar elevadas taxas de demurrage, alguns até podendo cancelar parte desses embarques. "Os preços da soja norte-americanos e talvez até as exportações norte-americanas podem aproveitar um temporário momento ainda bastante favorável até que estes problemas sejam resolvidos", diz o analista de mercado do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey.

Nesta quinta-feira, chegam os novos números das vendas semanais para exportação a serem reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em seu último boletim, o total já comprometido pelo país do total projetado para ser exportado neste ano comercial era de quase 94%, com 52.151,8 milhões de toneladas já vendidas.

Atenção ainda ao dólar. No cenário internacional, o índice dólaer continua subindo, fechou em alta nesta quarta e, nesta manhã de quinta-feira já registrava um ganho de 0,25% para chegar aos 101,99 pontos. No Brasil, porém, o dólar comercial parece manter sua trajetória de queda - com R$ 3,09 no último fechamento - e sendo ainda um entrave para a formação dos preços domésticos.

Fonte: Notícias Agrícolas