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Soja passa a operar em campo negativo nesta 4ª em Chicago com nova realização de lucros

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam na tarde desta quarta-feira (30). Os preços, que chegaram a testar algumas ligeiras altas mais cedo, voltaram ao campo negativo e, por volta das 13h15 (horário de Brasília), perdiam entre 3 e 4,50 pontos nos principais contratos. O contrato maio/17, referência para a safra do Brasil, perdia os US$ 10,60 e já era negociado a US$ 10,54 por bushel.

Mais cedo, o mercado vinha sendo positivamente influenciado pela disparada do petróleo nas bolsas norte-americanas, após o anúncio de um acordo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para reduzir a produção.

No entanto, os investidores parecem dar continuidade à sua realização de lucros, movimento que, inclusive, é típico desse período de final de mês, e depois de sete pregões consecutivos de avanço.  As cotações, no entanto, ainda obedecem a boa parte de seus fundamentos, entre eles, os de demanda e os de clima na América do Sul, principalmente. E, depois de um período sem novidades vindas da China, nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de 123 mil toneladas da oleaginosa da safra 2016/17 para a nação asiática, ajudando a limitar as perdas na CBOT.

Como explica o vice-presidente do Price Futures Group, Jack Scoville, os preços da soja ainda têm potencial para registrar novas altas, inclusive com suporte das especulações climáticas para a temporada sulamericana. No entanto, o analista internacional faz um alerta sobre para o começo de uma precificação por parte do mercado de uma migração da demanda pela soja norte-americana para o Brasil e a Argentina, na medida em que os preços por aqui se tornem mais competitivos.

Fato é que o consumo segue crescendo. "A boa notícia é que, na China, os indicativos da soja em alta e mais as boas margens de lucros que as indústrias estão registrando neste momento seguem como apelo para novas e volumosas compras no mercado nos próximos dias", diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

 

Fonte: Notícias Agrícolas