Como será a La Niña em 2017?
A agricultura brasileira sentiu os impactos do El Niño mais forte dos últimos 19 anos. Agora, os produtores tentam se preparar para a chegada da La Niña, e os possíveis efeitos do fenômeno. Mas será que ela será tão forte quanto foi o El Niño?
Segundo a NOAA (Agência Nacional Oceânica e Atmosférica) e o instituto australiano Bureau of Meteorology, as previsões meteorológicas apontam um percentual em torno dos 55% para ocorrência do La Niña a partir da primavera no Hemisfério Sul.
Para Paulo Etchichury, climatologista da Somar Meteorologia, se o La Niña se configurar seu impacto só será sentido de forma no verão de 2017, pois no final do inverno e início da primavera ainda estaremos sob uma condição de transição. Porém, a expectativa é o que La Niña seja um pouco diferente do que se esperava, com menor intensidade e durabilidade” disse o especialista em comunicado.
Ao contrário do El Niño, o novo fenômeno pode beneficiar algumas culturas, como por exemplo, a cana-de-açúcar. “O tempo menos chuvoso no último semestre da safra deve beneficiar a concentração de sacarose na cana”, avalia Bruno Freitas, economista da consultoria DATAGRO.
A La Niña tem o efeito contrário ao El Niño. O fenômeno é caracterizado pelo esfriamento anormal nas águas do oceano Pacífico Tropical, alterando o clima regional e global. Com isso, o regime de chuvas também é afetado em regiões tropicais do planeta. No Brasil, a La Niña pode deixar o tempo mais chuvoso no Norte e mais seco no Sul.
Fonte: Universo Agro
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