Skip directly to content

Isenção nas importações é insuficiente para baixar preço do milho, diz SNA

Na última semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encaminhou à equipe econômica do governo uma proposta de isenção de PIS/Cofins para a importação de milho até o fim do ano. Entretanto, para Hélio Sirimarco, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) "a medida não é o suficiente para fazer com que o preço caia. O preço só vai cair com o aumento da oferta do grão”.

Em comunicado divulgado pela SNA, Sirimarco ressaltou que “como o produtor brasileiro já vendeu boa parte da safrinha de milho, ele está ausente no mercado, fato responsável pelas cotações do grão em alta”.

A preocupação do Mapa envolve, principalmente, os setores de avicultura e suinocultura, já que o milho – principal insumo das rações de aves e suínos – equivale, respectivamente, a 52% e 25% da demanda nacional do grão.

VENDAS DE BALCÃO

O Ministério da Agricultura, além da mudança do PIS/Cofins, também solicitou alterações das vendas de balcão do milho, realizadas com a intermediação da Conab. Esta decisão deve ser tomada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), formado pelos ministros da Agricultura, Casa Civil, Fazenda e do Desenvolvimento Social e Agrário.

“O milho dos estoques da Conab é de boa qualidade. O que ocorre é que, em certas localidades, ainda existem estoques de safras anteriores. Para compensar eventuais problemas de qualidade, a Conab oferece esse milho com um bom desconto”, comenta o vice-presidente da SNA Hélio Sirimarco.

Conforme o órgão, o limite para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul subiria de seis mil para 14 mil quilos de milho por comprador; e para o Nordeste e Norte, passaria de seis mil para dez mil quilos por beneficiário ao mês. Os preços de referência da venda direta consideram as cotações do grão no mercado local.

Fonte: Datagro