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Soja tem manhã de correção técnica nesta 3ª feira diante das boas condições da safra dos EUA

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a recuar nesta terça-feira (19) obedecendo a volatilidade típica do período de mercado climático norte-americano e devolvendo parte das altas do fechamento de ontem. Assim, por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais contratos cediam mais de 12 pontos, com o novembro/16 cotado a US$ 10,53 por bushel.

As baixas são reflexo, mais uma vez, das boas condições atuais da nova safra dos Estados Unidos, apesar de sua conclusão ainda estar um pouco distante e as previsões climáticas ainda indicarem semanas de um calor intenso no Meio-Oeste americano. E agosto, como explica o analista de mercado da AgRural, Fernando Muraro, será o mês de definição para a nova temporada. Ele explica ainda que, por ora, a safra 2016/17 está em excelentes condições, porém, condições climáticas adversas mais adiante ainda poderiam trazer mudanças na produção.

De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no final da tarde desta segunda-feira (18), ainda há 71% das lavouras de soja em boas ou excelentes condições. São ainda 22% das plantações em situação regular e 7% em condições ruins ou muito ruins. O departamento informou também que 59% dos campos estão em fase de florescimento. Na semana anterior, eram 40%, em 2015, 51% e na média plurianual, 49%. Em formação da vagens estão 18% das lavouras, contra 7% da semana anterior, 13% da média e 14% do ano passado, nesse mesmo período.

Ainda assim, segue no radar dos traders as previsões para o final de julho e início de agosto que mostram temperaturas ainda mais elevadas e chuvas abaixo da média para esta época do ano, de acordo com as informações do NOAA, o departamento oficial de clima dos Estados Unidos. Além disso, está previsto ainda para o meio desta semana um forte sistema de alta pressão que poderia levar as temperaturas à casa dos 38ºC que também gera especulação e preocupação entre os produtores.

 

Fonte: Notícias Agrícolas