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SLC: expectativa é de milho com rentabilidade muito boa este ano

O diretor presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, projetou um cenário de preços firmes para o milho nos próximos meses por causa das quebras de safra causadas por falta de chuvas nos últimos meses e do alto volume de milho já comprometido da segunda safra para exportação. "Temos uma quebra importante na safrinha em Mato Grosso", ponderou. Segundo o executivo, o rendimento no Estado deve se afastar dos 100 sacas por hectare do ano passado. "Uma média de 80 sacas por hectare talvez seja um número plausível."  Pavinato chamou a atenção também para os prejuízos causados por adversidades climáticas em áreas de safrinha em Goiás e no Maranhão.

Para as lavouras da SLC, a estimativa é de queda de 12,3% na produtividade média do milho de inverno, de 7.050 quilos por hectare em 2014/2015 para 6.180 quilos por hectare em 2015/2016. "Ontem a Conab reduziu a previsão de produção de milho de 84 milhões para 79 milhões de toneladas no Brasil, e o sentimento é de que o número pode ser menor", apontou o executivo.

Conforme Pavinato, as quebras de produção devem prejudicar as vendas externas do país nos próximos meses. "O Brasil tinha o potencial de exportar 28 milhões de toneladas da safra atual. Agora não tem mais."

Ele salientou, entretanto, que muitos compromissos de exportação para o segundo semestre já foram firmados nos últimos meses, o que significa que os estoques continuarão sendo enxugados. "Com a entrada da safrinha, a expectativa era de que o preço voltasse à paridade de exportação. Hoje nossa leitura é de que o preço vai ficar mais perto da paridade de importação."

O executivo espera um cenário de pouca disponibilidade de milho mesmo durante o período posterior à colheita e ponderou que consumidores internos têm procurado garantir suprimento antecipadamente. "A expectativa é de milho com rentabilidade muito boa este ano."

Terras reais

A SLC Agrícola vai reduzir em 2016 o Plano de Aquisições de Ativo Imobilizado (Capex), de R$ 125 milhões para R$ 75 milhões, e diminuir o desembolso com fertilizantes em R$ 61 milhões. O ajuste, segundo Pavinato, será feito considerando a menor produção em 2015/2016.

Em teleconferência com investidores, para discutir os resultados do primeiro trimestre de 2016, Pavinato esclareceu que os gastos menores com fertilizantes também se devem ao fato de que os preços do insumo estão mais baixos, por causa do recuo da cotação do produto em dólar e da apreciação do real. Além disso, uma parte do pagamento referente ao insumo será postergada para janeiro do ano que vem.

A redução no desembolso não deve afetar a quantidade de fertilizantes aplicada, segundo Pavinato. "O montante de fertilizante que usaremos em nossas lavouras é maior do que no ano passado", assinalou. De acordo com ele, em 2015 a empresa havia diminuído as aplicações de adubos por causa do encarecimento do produto. Isso não deve se repetir este ano.

Em relação a terras, a SLC se concentrará em locais com alto potencial produtivo. "Estamos reduzindo o plantio em algumas áreas onde o solo ainda não está muito corrigido e arenosas. No nosso planejamento para 2016/2017 vamos diminuir o plantio em áreas com menor potencial produtivo para reduzir o risco que a Bahia tem apresentado nos últimos anos."

Ele ressaltou, entretanto, que, no caso de confirmação do fenômeno climático La Niña, a tendência é de mais chuvas no Nordeste. "Estamos esperando a melhora climática na região para retomar a expansão."

Pavinato mostrou otimismo para a safra 2016/2017. "Teremos preços melhores, custo de produção estável em reais e clima provavelmente favorável." Especialmente para a soja, ele salientou que a redução de oferta de soja por causa de perdas no Brasil e na Argentina já provocou reviravolta no preço, que mudou de US$ 9 para 10,50 por bushel em Chicago. "Olhando para o próximo ano, se tivermos uma condição de safra normal, teremos produção igual a consumo", disse o executivo. "Qualquer evento climático que possa causar redução de oferta pode ter efeito no preço. O cenário da soja é muito animador para esse próximo ano puxado pela demanda."

Desvalorização

A SLC Agrícola afasta a possibilidade de desvalorização das terras no Brasil. Em teleconferência com investidores para discutir os resultados do primeiro trimestre de 2016, o diretor presidente da companhia, Aurélio Pavinato, disse que a empresa tinha, na quarta-feira, 466.693 hectares em seu portfólio, considerando áreas próprias, arrendadas e em parceria ou sociedade, dos quais 377.557 hectares com lavouras da safra 2015/2016. Para ele, a redução no ritmo de alta de preço das terras se deve à dificuldade do setor produtivo de acessar crédito e ao endividamento em dólar."

Hoje estamos vivendo um momento de baixa liquidez no mercado", assinalou. Ele ponderou, entretanto, que a perspectiva não é de queda nos preços da terra. "O valor das terras tem subido em reais menos do que a inflação, mas o valor em reais não tem se reduzido."

Segundo Pavinato, a possibilidade de mudança na compra de terras por estrangeiros no Brasil pode voltar a aquecer o mercado. "Com a mudança de governo, a discussão sobre liberação para estrangeiro investir em terra pode voltar", disse. Segundo o executivo, com a melhoria gradual da logística brasileira devido ao escoamento pelo Arco Norte e a formação de preço das commodities em dólar, a tendência é de os preços das terras no país voltarem a subir. "As terras brasileiras ficaram baratas em dólar. Em um ambiente liberado para estrangeiros, não tenho dúvida de que haverá uma demanda muito forte por investimento em terras no Brasil."

 

Fonte: Estadão

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