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Colheita da soja está 12% atrasada em MS devido às chuvas

As chuvas registradas na região centro-sul do Estado desaceleraram o processo de colheita, atrasando os números em relação à safra passada. Último levantamento realizado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), por meio do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), indica que a colheita de soja chegou a 48,8% do território do Estado no dia 26 de fevereiro de 2016. Na semana anterior, no dia 19, a colheita estava em 42% da área, o que mostra pouco avanço de uma data à outra.

Nesta mesma época do ciclo passado, a colheita em Mato Grosso do Sul estava em 61,5%, índice 12% à frente do número registrado no dia 26 de fevereiro deste ano.

As condições climáticas desfavoráveis afetaram direta ou indiretamente todas as fases do ciclo do grão. A estiagem ocorrida no mês de outubro atrasou em algumas regiões o início do plantio, forçando muitos produtores a aguardarem maiores umidades, o que aconteceu somente em novembro.

Depois disso, o excesso de chuvas resultou em muitas áreas alagadas, com possíveis perdas, além de favorecer o desenvolvimento de doenças nas lavouras, um aspecto que foi amplamente identificado pelos técnicos do Siga MS e relatado pelos produtores visitados.

Resultado final da colheita

No entanto, é importante frisar que, de forma geral, os prejuízos causados pelas chuvas dificilmente afetarão os números totais da colheita do Estado. Isso porque, até o momento, 50% da soja já foi colhida, resultando um rendimento de 55 sacas por hectare. Isso significa que faltam, ainda, 50% de área a ser colhida. Caso haja perda de 20% nessa área restante, MS vai colher 44 sacas por hectare, ou seja, algo em torno de 3,2 milhões toneladas de soja. No final das contas, os números somados do início da colheita, com os do final dela, resultariam na estimativa prevista para o Estado: 7,4 milhões de toneladas colhidas de soja.

Milho

Em relação ao milho safrinha, o levantamento do dia 26 aponta que 38% da área já foi plantada, no entanto, o plantio ficará estacionado por causa da chuva, até que o solo esteja em condições de plantio. No comparativo com a safra anterior, nesta mesma época o plantio estava em 48% do território, o que presenta atraso de 10%.

Perdas reais

No levantamento do dia 26 não foram atualizados números relativos às perdas de soja no campo porque as chuvas prejudicam até mesmo a coleta de informações, que é feita in loco. No entanto, dados reunidos no último dia 19 de fevereiro apontam que existem cidades, principalmente na região sul de MS, onde as chuvas geraram perda 20% e produtores estão realmente preocupados com o desfecho da colheita. No entanto, a maior parte dos municípios atingidos registram perdas em torno de 10%.

As cidades mais prejudicadas devidos às chuvas de janeiro e fevereiro são Dourados, Maracaju, Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Laguna Carapã e Rio Brilhante. Já nas regiões norte e sudeste as chuvas tem interrompido, temporariamente, os trabalhos de colheita.

As chuvas também afetaram a infraestrutura logística, causando impactos no campo. Rodovias, estradas vicinais e acessos a propriedades rurais foram comprometidos em muitos municípios da região centro-sul durante as intempéries climáticas ocorridas entre dezembro e janeiro, prejudicando, além do acesso dos produtores às suas lavouras, a realização do manejo adequado de suas propriedades e principalmente os trabalhos de colheita e escoamento da safra.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Aprosoja/MS