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Soja: Chuvas retornam ao Sul do Brasil e beneficiam desenvolvimento das lavouras, aponta Somar Meteorologia

A semana foi marcada pelas chuvas em diversos pontos do Brasil. O retorno das precipitações nas áreas produtoras do Sul beneficiou o desenvolvimento das lavouras. Muitas delas já estavam sentindo os efeitos negativos da estiagem. Contudo, não houve perdas significativas por conta do período mais seco, mesmo onde o período de estiagem estava maior como em Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Elas beneficiaram, inclusive, o desenvolvimento das lavouras no sul de Mato Grosso do Sul.

Já em Mato Grosso e Goiás, as chuvas registradas durante a semana, mais especificamente no final dela, atrapalharam muito o andamento da colheita. Porém, como foram chuvas muito irregulares sobre os Estados, teve produtor que conseguiu colher enquanto em outras áreas permaneceram com a atividade paralisada. Não houve perdas, mas a soja colhida está com altos níveis de umidade, acima dos 25% em muitas lavouras.

Após um longo período de invernada, as chuvas deram uma trégua na região do MATOPIBA, o que possibilitou que os produtores conseguissem ir a campo e realizar os tratos culturais tão essenciais à planta, que estavam paralisados. Também houve trabalhos de colheita em toda a região e até mesmo a retomada do plantio, já que áreas no Piauí e no Maranhão não conseguiram finalizar o plantio antes do período chuvoso. Já no Sudeste e na metade norte do Paraná, a semana foi marcada pelas chuvas em forma de pancadas e muitas vezes de forma intensa, causando danos ao meio rural e à população urbana. Com relação à colheita, ela pouco avançou neste período por conta das chuvas, mas em Mato Grosso, chegou aos 6%, um valor muito inferior ao mesmo período observado do ano passado, que era de quase 17%.

O mesmo acontece em Goiás onde 4% das áreas foram colhidas enquanto o normal era para estar em 8%. Já no Paraná, a situação é mais confortável, mas mesmo assim a colheita está atrasada com 8% de áreas colhidas, um valor abaixo do ano passado, que foi registrado em 11%. Os índices de produtividade variam muito de local pra local e até mesmo dentro da própria propriedade. Houve relatos de produtividade superior a 70 sacos/ha, enquanto que em outros talhões não chegou a 20 sacos/há. Porém, essas lavouras que são colhidas pegar os dois períodos mais longos de estiagem ocorridos em outubro e novembro. Agora, a perspectiva é de que os índices aumentem bem em fevereiro e possam colher médias bem mais altas.

Previsão

O tempo irá favorecer os trabalhos de colheita e do desenvolvimento das lavouras, visto que o tempo abre sobre toda a região centro-norte do Brasil ao longo da semana, sendo previsto apenas pancadas de chuvas. Desse modo, os produtores poderão ir a campo e realizar a colheita e também os devidos tratos culturais, sendo que as chuvas só devem retornar no final da semana. As chuvas dessa semana ficarão mais concentradas no Sul do Brasil, sendo que os maiores volumes deverão ser observados no Rio Grande do Sul, em
Santa Catarina, sudoeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul. Mesmo com a previsão de mais chuvas, a tendência é de que não ocorram perdas significativas sobre essas áreas.

Fonte: Somar Meteorologia