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Exportações devem manter PIB do setor agroflorestal no azul em 2016

Em meio à avalanche de previsões negativas, a projeção de que um segmento deve manter em 2016 o bom desempenho do ano passado chama atenção. De acordo com estudo da consultoria em negócios florestais Pöyry, o setor agroflorestal, que contempla a silvicultura [agronegócio de florestas plantadas], e a parte agroindustrial, que envolve a produção de celulose e papel, entre outros produtos, deverá, novamente, ter um PIB positivo, embora ainda aquém de seu potencial.

Segundo o diretor da consultoria, Jefferson Mendes, o segmento de celulose em 2015, por exemplo, foi favorecido pela desvalorização cambial, assim como os setores de serrados e laminados, que também se beneficiaram, porém em uma menor proporção.

Entretanto, números da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), principal entidade do setor, mostram que os embarques de celulose, papel e painéis de madeira registraram, no período de janeiro a novembro de 2015 – o balanço total do ano anterior ainda não foi divulgado – cresceram em receita, devido à alta do dólar, mas também em volume. As exportações dos três produtos totalizaram 10,5 milhões de toneladas, avanço de 9% em relação ao mesmo período de 2014. E o saldo da balança comercial do setor, nos primeiros onze meses de 2015, alcançou US$ 5,9 bilhões, alta de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Para 2016, o consultor estima que a celulose, serrados e laminados manterão ou melhorarão a competitividade. No entanto, Mendes ressalva que as indústrias de painéis reconstituídos e de carvão continuarão sofrendo devido à alta dependência do ambiente de negócios doméstico.

Além da queda de consumo no mercado interno, o consultor elenca como desafios o excesso de oferta de matéria-prima e estoques altos, que acarretam em pressão baixista de preços sobre o silvicultor. “Esta é a nossa maior preocupação, pois é a silvicultura que fundamenta a indústria de base florestal. Se não houver uma reação no curto prazo, veremos o impacto negativo no médio e longo prazos”, alerta.

Fonte: Universo Agro