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Ministério da Agricultura prevê que safra 2015/2016 crescerá 1,5%

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, informou nesta terça-feira (15/12) que o País deve ter acréscimo de 1,1% na área plantada na safra 2015/2016, para 58,6 milhões de hectares, e produzir 1,5% mais em relação ao ciclo anterior, alcançando 211 milhões de toneladas. A ministra tomou como base as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentadas em dezembro, no Terceiro Levantamento de Safra.

Kátia Abreu concedeu entrevista coletiva para fazer um balanço de 2015 e apresentar as projeções para 2016. Espera-se, ainda, informou a ministra, uma safra recorde de milho de 30 milhões de toneladas.

Já a projeção do ministério é que o PIB agropecuário feche 2015 em torno de 2% e, em 2016, fique entre 1,5% e 2%. O seguro rural foi outro tema abordado. Kátia Abreu revelou que está negociando vender parte dos estoques governamentais de café e milho e usar o dinheiro arrecadado no seguro agrícola.

De acordo com a ministra, a ideia conta com o aval dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. Segundo ela, os estoques valem cerca de R$ 800 milhões e a ideia é destinar R$ 150 milhões para complementar o programa de subvenção ao prêmio do seguro agrícola em 2016, o que elevaria o orçamento da área para R$ 1 bilhão. "Nós não temos riscos de insegurança alimentar. Para que, então, manter grandes estoques de alimentos no Brasil? Por que não vender na ocasião em que o mercado estiver bom?", questiona.

Também em relação aos imóveis da Agricultura, a ministra disse que pretende vender alguns bens e reverter os recursos para a Embrapa, o que ainda será negociado com o restante do governo. Até agosto, Kátia Abreu quer enviar ao Congresso Nacional uma lei plurianual do setor agrícola, para dar mais segurança a questões como financiamento de safras.

A ministra destacou ainda a recuperação, neste ano, de 100% dos mercados que haviam embargado as exportações brasileiras de carne bovina, como China e Japão. Ela ressaltou que o governo brasileiro está trabalhando em todas as frentes para firmar novos acordos comerciais na área agrícola, como com a União Europeia e os Estados Unidos.

Em relação aos embarques de carne bovina brasileira para os EUA - que, apesar de terem sido liberados pelo país em junho, ainda não ocorreram por questões burocráticas e pressão de pecuaristas norte-americanos -, a ministra disse que as visitas de delegações norte-americanas aos frigoríficos exportadores já foram encerradas e que a parte sanitária também foi resolvida. "Isso depende agora de questões comerciais", comentou.

Fonte: Estadão Conteúdo