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Ferrovias: discussão sobre uso e importância é assunto cada vez mais presente no setor

Ter mais e melhores ferrovias ajudaria a aliviar a sobrecarga nos transportes aéreo e rodoviário. A opinião é generalizada quando o assunto é: transporte ferroviário. O fato é que o assunto tem sido cada vez mais abordado pelo setor, seja por conta dos investimentos do PIL, da escassez do setor ou de obras atrasadas.

Nesse sentido, o presidente da FerroFrente (Frente Nacional pela Volta das Ferrovias), José Manoel Ferreira Gonçalves, destaca o fato de depois de um ano de inaugurada a Ferrovia Norte Sul, no trecho entre Palmas, no Tocantins e Anápolis, em Goiás, estar passando por testes. “Isso é um absurdo e um desrespeito a todos nós brasileiros. A ferrovia foi inaugurada apenas para ter efeito eleitora e enganar, ludibriar e encobrir a verdade, que é a incapacidade gerencial do governo federal e falta de seriedade no trato das coisas públicas no País”, diz.

Gonçalves, que dirige o centro de estudos que defende a volta das ferrovias no País, foi que ajuizou Ação Civil Pública contra o Governo Federal e a presidente Dilma Rousseff solicitando a indenização pelos prejuízos decorrentes dos desencontros e desmandos administrativos estimados em cerca de R$ 200 bilhões, destinados para um fundo especial de investimentos nas ferrovias, para destravar o caos do setor. “Afinal, porque trafegar a apenas 40km/h? Os testes teriam que ter sido feitos antes. Os trilhos não aguentam? Porque, foram comprados erradamente, mal colocados, o que de fato acontece?”, acrescentou Manoel.

Outro caso recente de discussão do assunto, foi a reunião entre a direção da Superintendência do Porto do Rio Grande junto com operadores portuários, terminais e representantes da Rumo ALL. O encontro debateu as diversas necessidades portuárias com o modal ferroviário e também os principais gargalos logísticos da região. “É de extrema importância realizarmos encontros com esse formato para que possamos alinhar ações para melhorar a produtividade do Porto e também diminuir os impactos sociais causados pela atividade portuária que passa pela BR-392”, afirmou o diretor-superintendente, Janir Branco. Além disso, no encontro foram tratados assuntos pertinentes ao movimento da rodovia compartilhada pela linha férrea principalmente com a temporada de verão.

Setor

Vale lembrar que o governo aumentou esse ano a TIR (Taxa de Retorno) para os próximos leilões de ferrovias. A mudança foi anunciada a fim de tornar os investimentos mais atrativos e acirrar as disputas. De acordo com a Fazenda, foram atualizados “os parâmetros balizadores de cálculo da TIR”. Diante dessas atualizações, a taxa anterior, que era de 8,5%, foi elevada para 10,6% ao ano, para o custo médio ponderado de capital (Weighted Average Cost of Capital, o WACC).

Os próximos trechos ferroviários previstos a serem leiloados no contexto da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL) são:

1) Ferrovia Norte – Sul, trechos Açailândia (MA) – Barcarena (PA) e Palmas (TO) – Anápolis (GO);
2) Ferrovia Norte – Sul, trechos Anápolis (GO) – Estrela D’Oeste (SP) e Estrela D’Oeste (SP) – Três Lagoas (MS);
3)Ferrovia Lucas do Rio Verde (MT) – Miritituba (PA).