Dólar terá impacto ainda maior na safra 2016/2017, alerta CESB
Com o dólar próximo de R$ 3,90, alto custo de produção e insegurança na política econômica brasileira, agricultores diminuíram o ritmo dos projetos de expansão da produção na safra de soja, mas o impacto será ainda maior na temporada que vem (2016/2017), aponta o Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). A entidade considera que a moeda norte-americana ainda estará em alta quando os produtores rurais forem comprar os insumos.
A valoriação do dólar e a instabilidade econômica também foram responsáveis por diminuir o ritmo dos investimentos. Na região de Dourados (MS), o presidente do Sindicato Rural, Lúcio Damália, alertou para as consequências da valorização do dólar e a necessidade de se produzir continuamente. “Essa alta beneficia as exportações, mas prejudica aqueles que não estão organizados financeiramente, que acabam por não vender os grãos no momento certo e comprando os insumos em momento de alta”, esclarece. "A crise assusta o produtor, mas ele não tem como fugir, acaba sendo obrigado a plantar para estimular sua receita na próxima colheita”.
Para aqueles que pretendiam aumentar a área na região de Dourados, Damália recomendou cautela. “Os que já plantavam determinada área, não diminuiram, mas quem pretendia aumentar, recuou no ritmo e se atentaram ao mercado futuro”.
Sologuren diz, ainda que mesmo com o cenário incerto para a safra 2016/2017, a situação poderia ser pior com dólar em baixa. "Com dólar a R$ 2,50, as cotações em Chicago poderiam levar a saca de 60 quilos de soja na casa dos R$ 40 no Centro-Oeste, o que seria muito pior”, diz.
Fonte: Revista Globo Rural
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