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Crédito rural: Recuo na demanda das linhas de investimento preocupa, diz BB

A queda na captação de recursos das linhas de investimento no Plano Agrícola e Pecuário da temporada 2015/16 é bastante preocupante. Foi o que externou o presidente do Banco do Brasil (BB), Alexandre Corrêa Abreu, durante sua participação no Summit Agronegócio, realizado no final da semana passada [quinta-feira, 26), em São Paulo (SP). Organizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, com apoio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), o evento debateu os desafios e oportunidades para o agronegócio, com foco em 2016.

Sem revelar volumes, nem percentuais exatos, Abreu ressaltou que a maior tomada de crédito por parte do produtor rural nas linhas de custeio em detrimento aos programas de investimento acendeu o sinal de alerta para o desempenho do setor no ciclo de plantio vigente. Isso porque, de acordo com o presidente do BB, este cenário indica menor uso de tecnologia nas lavouras, o que pode acarretar em prejuízo à produtividade da safra que será colhida no próximo ano.

Os números do BB em relação ao financiamento agrícola funcionam como um importante termômetro do setor, porque a instituição financeira é responsável por aproximadamente 60% do crédito rural oficial do País.

Na avaliação de Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), um dos participantes do Encontro de Analistas da Scot Consultoria, realizado na sexta-feira (27), também em São Paulo (SP), a situação é mais crítica. A grande verdade, disse ele, é que o dinheiro alardeado no Plano Agrícola e Pecuário não chegou para o produtor rural. “Neste ano, houve uma seleção muito criteriosa por parte das instituições financeiras, como, por exemplo, o Banco do Brasil no tocante a quem teria seu pedido de financiamento aceito”, afirmou, acrescentando que o segmento pode ter graves problemas de crédito em 2016.

Fonte: Universo Agro