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Temporal provoca estragos e prejuízo em Amambai

Um temporal com chuva e ventos fortes derrubou árvores, destelhou casas, currais e deixou  um rastro de destruição na zona rural do município no final da manhã dessa segunda-feira, 23 de novembro, em Amambai.

A tempestade com ventos circulares semelhante a um tornado, que atingiu uma faixa de aproximadamente dois quilômetros de largura passou a cerca de 11 quilômetros da cidade e se estendeu por vários quilômetros.

Algumas árvores foram arrancadas pela raiz e outras cortada do meio para cima.

Na região da base operacional da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PRE) na Rodovia MS-156 entre Amambai e Tacuru, pelo menos quinze portes de concreto de sustentação da rede elétrica acabaram caindo.

Parte deles foram quebrados quase ao meio pela força do vento, deixando a própria base PRE e inúmeras propriedades rurais da região, algumas delas com resfriadores de leite movidos a base de energia, inoperantes.

Na base da Polícia Rodoviária um eucalipto caiu sobre o alojamento, destruindo a caixa d`água e afetando a estrutura da edificação.

Outro eucalipto caiu sobre a pista de rolamento da MS-156 interditando, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, por cerca de três horas o trânsito entre Amambai e Tacuru.

Militares do 16º Subgrupamento do Corpo de Bombeiro com sede em Amambai trabalharam sob chuva e tiveram muito trabalho para libertar a via e retirar o tronco que caiu sobre o alojamento da base PRE.

Em uma propriedade rural localizada na imediação, uma árvore caiu sobre um Fiat Uno, causando avarias de grande monta no carro. Por sorte não tinha ninguém no interior do veículo.

Na Capela São Cristóvão, região conhecida como “Bila”, a força do vento arrancou parte do telhado da ala antiga do salão de festas da comunidade católica.

No “Bar do Bila”, situado alguns metros adiante, parte da área do estabelecimento comercial também foi descoberta.

Na Fazenda Angico a sede ficou parcialmente destruída.

Já na Fazenda Santa Rita a força do vento, possivelmente auxiliada por um raio, fez arrebentar a fiação da rede de alta tensão, vindo a cair sobre o rebanho, matando na hora quinze vagas da raça nelore, todas fruto de inseminação artificial, e uma bezerra.

Os prejuízos provocados pela tempestade ainda serão calculados.

Comuns na região

Temporais com chuvas intensas, ventos fortes e quedas de granizo são comuns na faixa de fronteira com o Paraguai, no Cone Sul de Mato Grosso do Sul entre os meses de julho e dezembro, mas este ano os estragos provocados pela “mãe natureza” tem sido maiores.

No meio do ano um temporal de granizo causou estragos nos municípios de Mundo Novo e Iguatemi.

Na semana passada três pessoas morreram vítimas de raios na região.

Dois homens que realizavam manutenção em uma cerca de arame no lado paraguaio da fronteira, em Sete Quedas e uma estudante de 16 anos que catava guavira na região de Tacuru.

As duas fatalidades foram registradas na edição impressa do jornal A Gazeta da sexta-feira, dia 20 de novembro.

Na terça-feira, dia 17, uma chuva forte registrada no início da manhã, provocou alagamentos e atrasou a abertura do comércio em Amambai.

SRA convoca produtores para relatório sobre estragos

O Sindicato Rural de Amambai (SRA) está convocando os produtores rurais de todas as regiões do município para que tragam ao conhecimento da entidade a situação das estradas, pontes e aterros e outras problemáticas causadas pelos temporais que atingiram o município nos últimos dias.

O objetivo da informação, segundo o presidente do SRA, Ronan Nunes da Silva, é montar um relatório geral dos danos causados pelos temporais que atingiram a região, no âmbito do município, para ajudar a Prefeitura e o próprio Governo do Estado, no diagnóstico dos pontos críticos.

“Estamos preocupados com a situação da malha viária rural de nosso município. Se aproxima o período de safra e as fortes chuvas que caíram provocaram estragos em aterros, pontes e estradas em várias regiões. Com esse levantamento nós, produtores, poderemos ajudar os órgãos governamentais a montarem seus planos de trabalho, acompanhar com maior detalhe o andamento do trabalho de recuperação e cobrarmos, quando for o caso”, disse Ronan Silva ao relatar que a participação maciça da classe produtora, inclusive disponibilizando fotos dos danos, quando possível, é de fundamental importância para que a iniciativa surta o efeito desejado.

De acordo com a Secretaria de Obras Públicas da Prefeitura de Amambai o município conta com 1.3 mil quilômetros de estradas rurais municipais, 200 quilômetros de corredores particulares que são utilizados para o transporte escolar e por lei passa a responsabilidade da manutenção para a Prefeitura e mais pelo menos 55 pontes, além de centenas de aterros.

Fotos: Dalton Zonta (Arq- Gado) / Foto: Dalton Zonta